No Afeganistão, EUA testam balas de fuzil que explodem com hora marcada
quarta-feira, dezembro 15, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Soldados do Exército dos Estados Unidos estão testando nas áreas rochosas do Afeganistão o fuzil XM25, que possui um alcance efetivo (preciso) de até 700 metros, e utiliza “munição inteligente” dotada de chips eletrônicos.
Um telêmetro laser acoplado à arma ajuda a determinar com exatidão a distância entre o atirador e o alvo. O sistema de processamento digital do XM25 programa o projétil de fragmentação do fuzil para detonar a uma determinada distância do alvo – passível de ser medida em centímetros.
As balas disparadas por essa arma podem explodir na frente, ao lado, acima da cabeça ou no interior da pessoa que é o alvo. O novo fuzil deve permitir que se neutralize inimigos entrincheirados em locais antes considerados inatingíveis, como os espaços estreitos entre as rochas, nos terrenos pedregosos do interior afegão.
Até 2014, cerca de 12.500 exemplares do fuzil XM25 devem estar em uso nessa região. As autoridades americanas acreditam que o equipamento possui potencial para influenciar significativamente os rumos dos combates, pois o enfrentamento com grupos rebeldes nas zonas montanhosas do Afeganistão está se tornando uma ameaça de letalidade crescente para os americanos.
Proposta de viagem sem volta à Marte ficará sem resposta
quinta-feira, novembro 25, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos) deixará sem resposta o artigo dos cientistas americanos Dirk Schulze-Makuch, da Universidade do Estado de Washington, e Paul Davies, da Universidade Atlântica da Flórida, que propõe uma missão tripulada ao planeta Marte sem previsão de que os astronautas possam voltar à Terra.
O texto, intitulado “To Boldly Go: A One-Way Human Mission to Mars” (“Para ir Audaciosamente: Uma Missão Humana sem Retorno a Marte”) – e encontrado na íntegra em http://journalofcosmology.com/Mars108.html -- foi publicado na edição de outubro-novembro da revista científica “Journal of Cosmology”.
Schulze-Makuch, um especialista em geologia, e Davies, que é físico, argumentam: embora tecnicamente factível, a missão tripulada de ida e volta a Marte é improvável num horizonte de tempo razoável, porque exigiria um custo altíssimo, difícil de ser equacionado não apenas do ponto de vista financeiro – também político.
Segundo eles, o vôo sem volta reduziria drasticamente o volume de recursos necessário ao projeto. Enão só isso: ele poderia também marcar o início da colonização humana de longo prazo no planeta.
Marte -- segundo planeta mais próximo da Terra depois de Vênus -- é o alvo mais promissor para a fixação de uma base tripulada, porque é um planeta que possui atmosfera, e outras similaridades importantes com a Terra: gravidade moderada, “água abundante”, dióxido de carbono e vários outros minerais essenciais.
Em condições climatológicas e tecnológicas ideais, uma viagem até a superfície marciana levaria apenas seis meses.
Schulze-Markuch e Davies sugerem o envio simultâneo de duas espaçonaves, cada uma com dois astronautas, além de módulo de pouso e suprimentos suficientes para estabelecer um único posto avançado em Marte.
Embora afirmem que seria essencial que os astronautas fossem voluntários, os articulistas garantem que não estão propondo que os viajantes sejam, simplesmente, abandonados à própria sorte – a proposta é de uma série contínua de missões, que fosse ampliando o número de humanos em Marte, para viabilizar a colonização de longo prazo.
Os cientistas afirmam que o primeiro passo para a missão sem volta seria a seleção de um local adequado para a base marciana – uma área dotada de alguma caverna ou outro relevo que sirva de abrigo, assim como recursos nas proximidades, como água, minerais e nutrientes para agricultura.
Marte não tem uma camada de ozônio e nem uma magnetosfera que proteja contra a ionização e os raios ultravioleta. Por isso, a caverna seria muito importante. As cavernas marcianas também poderiam guardar depósitos de gelo, embora a possibilidade de conservação da água congelada nessas cavidades ainda seja apenas uma ideia.
O artigo da “Journal of Cosmology” defende a tese de que a base marciana seria uma plataforma inigualável para pesquisas científicas. Os astrobiólogos acreditam que é grande a probabilidade de que Marte tenha – ou já tenha tido – vida microbiana, por exemplo. Em qualquer hipótese isso representaria a oportunidade imperdível de se estudar uma forma de vida alienígena, e – sobretudo -- um segundo registro evolucionário.
Schulze-Markuch e Davies garantem que vários de seus colegas cientistas se dispõem a fazer a viagem sem volta a Marte. Mas um porta-voz da NASA informou off the records a jornalistas: a prioridade que a agência americana confere à preservação da vida de seus astronautas não será, minimamente, alterada.
EUA dizem que Chávez prepara resistência na Venezuela
sexta-feira, novembro 05, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A Corporação Rand, entidade americana que assessora as Forças Armadas e a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, está desenvolvendo um estudo sobre o conjunto de medidas da Administração venezuelana destinadas, ao menos aparentemente, a preparar o país para repelir uma agressão.
Segundo dois jornais de Los Angeles e de Chicago, a investigação da Rand elenca alguns desses preparativos: (a) a divisão do território da Venezuela em pequenas regiões militares que ignoram a jurisdição e a autoridade dos estados federados; (b) a criação de um Registro Militar compulsório, destinado a manter atualizados os dados necessários a uma conscrição de emergência; (c) as intervenções “brancas” do Poder Público na direção de empresas privadas de transportes e produção de materiais considerados “estratégicos”; (d) a ampliação da capacidade governamental de se comunicar com a população, por diferentes condutos de mídia; e (e) a substituição de material de origem americana das Forças Armadas por outros itens, procedentes da China e das Repúblicas que integraram a extinta União Soviética.
Na segunda semana de outubro último, o Presidente Hugo Chávez desmentiu que houvesse em tudo isso alguma novidade. Ele diz que seu governo é vítima de rumores infundados, tendentes a disseminar o medo.
A imprensa americana garante que o processo de reaparelhamento dos militares venezuelanos é, necessariamente, lento. E dá como exemplo a operação pelos sul-americanos de seus novos caça-bombardeiros Sukhoi, fabricados na Rússia. Segundo essas fontes, mesmo decorridos dois anos desde que os venezuelanos começaram a voar nesses jatos, eles ainda são incapazes de mantê-los sem a assistência direta dos russos, que têm um grupo de pilotos e mecânicos permanentemente na Venezuela.
Por Roberto Lopes

Professor titular do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro – e especialista em terapia celular --, o Dr. Radovan Borojevic, apresentou palestra no Rio, no último dia 26, defendendo o emprego de células-tronco adultas mesenquimais no tratamento de lesões ortopédicas.
“Tratamentos desenvolvidos a partir da própria célula do paciente já são realizados no Brasil e no resto do mundo”, lembrou Borojevic. “As células-tronco adultas mesenquimais são naturalmente capazes de realizar reparo e regeneração de tecidos e, portanto, os resultados de sua aplicação em pacientes são excelentes”, garantiu.
O especialista elencou as possíveis fontes de células-tronco adultas e seus aplicativos: “A medula óssea e o tecido adiposo são ótimas fontes de células-tronco adultas. Elas podem ser coletadas, cultivadas, manipuladas e aplicadas em pacientes para diferentes fins. As células mesenquimais podem reparar músculos, tendões, cartilagem, osso, sistema nervoso, entre outras possibilidades”.
Para o Dr. Borojevic, “as células-tronco mesenquimais têm a capacidade de se diferenciar de acordo com o ambiente tecidual em que são aplicadas. Elas não formam ossos onde não deveriam formar. Isso já foi comprovado e nos deixa tranqüilos e seguros para avançarmos ainda mais com as terapias celulares”, afirmou.
Segundo o médico, os tratamentos celulares desenvolvidos no Brasil já atenderam a pacientes que sofriam de necrose da cabeça do fêmur, falha de reparo de fratura de osso, e também em reparo de cartilagem. Todos apresentaram resultados positivos, principalmente quando comparados às terapias ortopédicas convencionais. A Anvisa já autorizou um laboratório a manipular as células para uso humano.
A palestra de Borojevic contou com a participação da professora Tatiana Coelho Sampaio, da UFRJ, convidada pelo especialista para apresentar algumas propostas de terapias celulares.
De acordo com a bióloga, estudos de tratamentos de lesões raqui-medulares agudas em modelos experimentais já estão sendo realizados no Brasil com sucesso. Ela apresentou exemplos de pesquisas realizadas pela equipe de terapia celular da UFRJ, com recuperações funcionais que se manifestaram após oito semanas de aplicação das células.
Munique precisará encarar seu passado
terça-feira, outubro 19, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Nos últimos 30 anos, o governo da Alemanha tentou imprimir ao destino turístico Munique, no sul do país, a reputação de cidade das cervejarias, das artes e espetáculos e da Cultura em geral. Mas a sede do Estado da Baviera, de 1,5 milhão de habitantes, berço – na década de 1920 -- do partido político liderado por Adolf Hitler, precisará encarar o seu passado, de a “Capital do Movimento (Nacional-Socialista)”.
Em abril do ano que vem começa a ser erguido um centro de documentação do Terceiro Reich, que ocupará, no setor noroeste de Munique, o local onde ficava a tristemente famosa Braunes Haus – “Casa Marrom” --, no número 45 da Briennerstrasse (Rua Brinner), antiga sede do Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei (Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães).
Durante os anos de 1930 e a primeira metade da década de 1940, os visitantes que chegavam a Munique recebiam um folheto com o convite em tom de ordem: “Os membros do partido de todo o Reich não vão perder a oportunidade de conhecer a Casa Marrom durante a visita a Munique.”
A Brauner Haus foi danificada por um bombardeio aéreo em outubro de 1943, e quase toda destruída pelas bombas aliadas no final da 2ª Guerra. O entulho foi varrido do local em 1947, deixando um terreno baldio.
A construção planejada para ter início na primavera alemã de 2011 terá a forma de um cubo, e consumirá 30 milhões de euros – aproximadamente 80 milhões de reais – que serão aportados pelo Governo Federal, a Administração do Estado da Baviera e a Prefeitura muniquense, a cargo, atualmente, de Christian Ude.
Em décadas recentes, muitos pontos da cidade identificados com a história do Nazismo, como a cervejaria Bürgerbräukeller – freqüentada por Hitler e seus adeptos – e a placa no local onde caíram as vítimas do tiroteio que dispersou os nazistas revoltosos de novembro de 1923, formaram um circuito turístico paralelo ao oferecido pelo serviço local de recepção a visitantes, e as agências de viagens.
Ufes e Marinha farão pesquisas no meio do Atlântico Sul
quinta-feira, setembro 23, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Uma parceria do Comando da Marinha com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), apoiada pelos ministérios da Defesa e do Meio-Ambiente, garantiu a recente criação da Estação Científica da Ilha da Trindade (ECIT), a 1.167 quilômetros da capital capixaba, e a 1.416 quilômetros do Rio de Janeiro.
A nova Estação integra o Programa de Pesquisas Científicas da Ilha da Trindade (Protrindade), criado no âmbito da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), com o objetivo de promover experimentos científicos na área – próxima às principais bacias petrolíferas e à região de maior desenvolvimento econômico do país.
A ilha possui área de 8,2 quilômetros quadrados e relevo bastante acidentado, com elevações de até 600 metros. A estimativa é de que tenha surgido há três milhões de anos. Sua origem vulcânica pode ser atestada pela presença, ainda hoje, de larvas, cinzas e areias vulcânicas, mas a última erupção deve ter ocorrido há, pelo menos, 50 mil anos. Entre os séculos 18 e 19 a ilha foi usada como ponto de apoio por traficantes de escravos e piratas ingleses.
A nova instalação em Trindade permitirá a obtenção de dados essenciais para a previsão meteorológica. A Marinha sediou um destacamento de 30 militares na ilha, a única, de tipo oceânico, dotada de água potável, geração própria de energia, refeitório, frigorífico, telefone, televisão e acesso à Internet.
A construção da estação exigiu que fossem superados alguns desafios, entre eles a dificuldade de acesso à ilha. Não há praias que facilitem o desembarque por superfície, em função da existência de um anel de corais. É necessário cuidado também com a arrebentação e com a mudança repentina do tempo.
A Marinha gastou quatro dias – e 126 vôos de helicóptero entre o convés de um navio transporte e a ilha – para descarregar 100 toneladas de material em terra firme. A Estação foi concebida por uma equipe da Ufes com experiência nas construções em lugares inóspitos. O projeto aproveita a ventilação natural e a energia solar. O PVC foi largamente empregado na construção, por ser mais eficiente para obras em locais de difícil acesso.
Crise econômica da Al Qaeda aproxima terroristas africanos do narcotráfico
quarta-feira, setembro 15, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Em um processo bastante semelhante ao que aproximou a guerrilha das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) da produção e venda de cocaína, os terroristas da Al Qaeda do Maghreb Islâmico (Norte da África) – originários da Argélia, Mauritânia, Máli e Marrocos -- estão cada vez mais envolvidos com a proteção aos comboios de cocaína, como forma de assegurar o financiamento de sua Jihad (popularmente traduzida como “Guerra Santa”) Africana.
Sucessivos congelamentos de bens mantidos por pessoas físicas e jurídicas ligadas à chamada Al Qaeda Central – dirigida das montanhas do Paquistão por Osama Bin Laden -- em bancos do Ocidente e da Ásia, vêm privando o movimento terrorista de equilíbrio financeiro. Assim, o braço do Maghreb precisou alavancar recursos próprios para as suas ações violentas.
Segundo autoridades de Polícia Internacional da Europa e dos países-membros da União Africana, a cúpula da Al Qaeda do Maghreb – que só não tem autonomia para tratar de questões religiosas -- deliberou “comboiar” os carregamentos de cocaína que chegam por mar à Mauritânia.
O eixo Mauritânia-Marrocos-Argélia-Tunísia é uma das principais rotas da cocaína que se destina a consumidores da Europa. Na parte setentrional do continente africano, o conduto da droga para a Ásia, é o Egito.
No primeiro semestre, uma ofensiva da polícia da Mauritânia (orientada pela agência norte-americana DEA – Drug Enforcement Administration) sobre membros da Al Qaeda do Maghreb que escoltavam um carregamento de drogas, resultou na prisão de 20 guerrilheiros.
Os terroristas africanos davam cobertura a oito caminhões, que transportavam cinco toneladas de cocaína, armas leves e vários botijões de gasolina. Três traficantes morreram no confronto, perto da fronteira com o Máli.
Em recente entrevista à agência de notícias Angop, o embaixador do Mali em Angola, Farouk Camará, frisou que as guerras africanas não têm nenhum motivo religioso, como defendem alguns observadores, mas uma origem essencialmente económica.
“Os conflitos existentes na África sub-sahariana não são motivados por questões religiosas entre muçulmanos e cristãos”, disse Camará, “mas na sua base estão questões económicas, a má gestão do mercado, a insuficiência de terras para a agricultura ou o pastoreio, assim como a má governança”.
Perguntado sobre as ações da Al Qaeda do Magreb Islâmico em seu país, o diplomata disse que a organização guerrilheira não é um problema interno do Mali, porque vem do Norte – ou, concretamente, da Argélia.
‘Princezinha do Mar’ está mais velha
quinta-feira, setembro 02, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Imortalizado na canção de João de Barro e Alberto Ribeiro, que o lendário Tom Jobim (1927-1994) adorava incluir em seus shows ("Copacabana, princezinha do mar/Pelas manhãs tu és a vida a cantar..."), o bairro carioca de Copacabana – segundo mais famoso do Rio (depois de Ipanema) --, já é o retrato do que será o Brasil na metade final do século 21: reduto de uma população em que um, em cada três cidadãos, é idoso.
Segundo projeção do Ministério da Saúde, 11% da população brasileira estão hoje na chamada Terceira Idade – e em apenas 15 anos esse índice dobrará, escalando o patamar dos 22%.
Para a União, a longevidade da população reflete uma ampliação da consciência governamental – nos três níveis (federal, estadual e municipal) -- acerca da necessidade de adoção de práticas médicas que, apesar de bastante caras, não podem ser negligenciadas ou consideradas um luxo, supérfluas.
Tão importante quanto isso: em algumas regiões do país, a incorporação desses procedimentos mais sofisticados pelos sistemas públicos de Saúde já se inicia na atenção aos primeiros meses de vida dos cidadãos brasileiros.
As estações do inverno e do outono facilitam, por exemplo, a propagação do vírus Sincicial Respiratório, que causa a maioria das bronquiolites em crianças abaixo de um ano. Esse é o vírus mais agressivo, principalmente nos estados do Sul e do Sudeste. Para combate-lo as autoridades médicas devem aplicar a droga Palivizumabe, mensalmente, sem interrupção, durante o primeiro ano dos bebês prematuros, para que eles possam ganhar resistência.
A medicação precisa ser ministrada no local em que as crianças prematuras são cuidadas, após deixarem a UTI por motivos respiratórios, de nutrição e desenvolvimento orgânico. Mas o Palivizumabe é um remédio caro e específico. Poucos estados brasileiros oferecem este tipo de imunização. O último deles a adotar esse procedimento em seu sistema público de Saúde foi o Rio Grande do Sul.
Machu Picchu falará nesta quinta com o espaço
terça-feira, agosto 24, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Uma parceria da Universidade Nacional de Engenharia do Peru com a Universidade Sudoeste do Estado da Rússia, permitirá, nesta quinta-feira (26/08), o estabelecimento de um link, via rádio, entre a cidade de origem inca de Machu Picchu – principal sítio arqueológico e turístico peruano --, a sudeste da capital Lima, com a Estação Espacial Internacional (ISS).
A comunicação irá se estabelecer pelo espaço de dez minutos, no âmbito do I Congresso Internacional de Tecnologia de Satélite (CONITSAT 2010), que teve início ontem, em Lima e em Cuzco, e irá se prolongar até sexta-feira.
Na quinta, os seis astronautas – três russos e três americanos – que integram a tripulação atual da ISS, responderão as perguntas de estudantes e fornecerão detalhes sobre o tema “a vida no espaço e as condições em que vivemos na ISS, onde a gravidade tende a zero”.
A ligação acontecerá entre os horários das 15:30 e das 16:00 horas, e será assistida pelos cosmonautas russos Aleksandr Fyodorovich e Lazutkin Poleshchuk Aleksander Ivanovich, supervisores do programa espacial russo e peritos na operação da estação espacial Mir.
Por trás do interesse científico há, claro, o interesse comercial. O Peru começará, em breve, a desenvolver a sua tecnologia espacial para estudar a atmosfera e fotografar a superfície terrestre. Os russos têm interesse em assessorar os peruanos, e acenam com a possibilidade de enviar um cosmonauta peruano ao espaço.
Também o governo do Japão manifestou a disposição de assistir o programa espacial peruano. O Peru abriga, desde o início do século 20, uma grande colônia japonesa.
Células-tronco de dentes de leite podem devolver a visão
quinta-feira, agosto 19, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

O Instituto Butantan desenvolveu um novo tratamento para pacientes que perderam a visão devido a lesões na córnea. A técnica, que a partir de setembro começa a ser testada em humanos, utiliza células-tronco retiradas da polpa de dentes de leite.
O procedimento é indicado para pacientes que apresentam problemas no mecanismo de funcionamento das células límbicas, situadas ao redor das córneas e responsáveis pela regeneração.
Nesses casos, essas células perdem a capacidade de reconstruir a superfície do tecido. Com isso, a córnea, que em indivíduos saudáveis é transparente, se torna opaca, levando à perda da visão.
As células retiradas da polpa do dente de leite são incorporadas ao tecido ocular dos pacientes e recobertas por uma espécie de lente feita de material semelhante à placenta. A partir daí elas se adaptam a esse tecido, passando a se comportar como células límbicas. Segundo os estudos já concluídos, isso reconstrói a córnea degradada e restitui a visão.
Em resumo: o tecido resultante da aplicação se integra definitivamente ao olho, substituindo a estrutura original.
A técnica oferece outras vantagens: (a) o procedimento não é invasivo; (b) resulta em um volume muito maior de células indiferenciadas; (c), não há necessidade que haja relação entre doador e receptor; (d) não envolve questões éticas e (e) é financeiramente viável.
O novo procedimento deve ser capaz de devolver a visão às pessoas que tiveram a córnea comprometida em função de queimaduras ou doenças genéticas e imunológicas.
No primeiro momento, os testes – uma parceria do Butantan com o Instituto da Visão da Unifesp -- serão aplicados em um grupo de pacientes voluntários. Eles já passaram por cirurgia e não obtiveram resultados satisfatórios; além disso não podem receber enxertos de tecido e não apresentam quadro infeccioso. Os procedimentos devem demorar seis meses e, caso a técnica apresente resultados satisfatórios, poderá ser disponibilizada para a população.
Ouro e diamantes para homenagear a memória de Bolívar
terça-feira, agosto 10, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

O governo Hugo Chávez anunciou a intenção de construir um novo mausoléu para abrigar os restos mortais do líder venezuelano Simon Bolívar, que, entre o fim do século 18 e o início do século 19, lutou pela independência de vários Estados sul-americanos.
Segundo a versão normalmente aceita por historiadores e patologistas, Bolívar morreu em 1830, vítima de tuberculose. Isso não impediu que o Presidente Chávez ordenasse a exumação dos restos mortais do “Libertador”. Sua tese é de que Bolívar pode ter sido envenenado com arsênico, em consequência de um complô entre a Colômbia e os Estados Unidos...
Chávez já devolveu os restos mortais de Bolívar ao túmulo, no Panteão Nacional de Caracas. O caixão foi coberto com uma nova bandeira venezuelana, bordada especialmente para a ocasião.
Segundo a imprensa caraquenha, o Presidente determinou que a urna seja transferida, no ano que vem, para uma cripta ornamentada com ouro e diamantes. A transferência – ainda sem data certa -- será feita durante uma grande cerimônia cívico-militar, em um dia que será declarado feriado nacional, e na presença de convidados estrangeiros.
Pesquisa aponta: brasileiros querem saúde, emprego e menos banditismo
terça-feira, julho 27, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A Ipsos, multinacional francesa de pesquisa, apresentou um novo relatório que mede o quanto estão satisfeitos, ou insatisfeitos, os residentes de 23 países do mundo em relação aos locais onde vivem, e quais as três principais prioridades que cada um deles elenca para desenvolver suas comunidades.
Os resultados mostram que no Brasil, 61% disseram estar satisfeitos com os locais onde vivem. Além disso, 62% dos brasileiros apontam os serviços de saúde como prioridade para o desenvolvimento de sua comunidade, seguido por oportunidades de trabalho (56%) e a redução do nível de criminalidade (56%).
Nos demais países, a Holanda (85%), Canadá (83%), Austrália (82%), Índia (76%), Alemanha (74%) e Estados Unidos (73%) têm os residentes mais satisfeitos com suas comunidades locais, em comparação com os residentes da Coreia do Sul (34%), Hungria (45%), Japão (46%), China (48%) e Rússia (49%), que são os menos satisfeitos com as áreas onde vivem.
Veja agora o quão satisfeitos estão os povos destes países, com suas comunidades:
Holanda 85%
Canadá 83%
Austrália 82%
Índia 76%
Alemanha 74%
EUA 73%
Grã-Bretanha 72%
República Tcheca 70%
Suécia 69%
México 67%
Espanha 64%
Bélgica 64%
Polônia 63%
Argentina 63%
Brasil 61%
França 56%
Turquia 56%
Italia 52%
Rússia 49%
Japão 48%
China 46%
Hungria 45%
Coreia do Sul 34%

A pesquisa mostrou que a diversidade de países não é barreira para que se similaridades. Por exemplo: realização de reparos no asfalto das vias é a prioridade número um na Bélgica, Polônia, Rússia, Canadá e Índia.
Mas há diferenças claras também. Por exemplo: na Grã-Bretanha, atividades para adolescentes são a preocupação número um (único país onde isto ocorre); e na China, é a redução da poluição que os residentes colocam como prioridade número um para seu desenvolvimento local.
Iranianos se destacam no campo da Reprodução Humana
segunda-feira, julho 26, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Pesquisadores iranianos garantem que, por meio de um simples exame de sangue, é possível prever com antecedência quando as mulheres entrarão na menopausa.
Ramezani Tehrani, professor da Faculdade de Ciências Médicas Shahid Beheshti, de Teerã, autor do estudo, apresentou os resultados preliminares de sua pesquisa durante a 26 ª reunião anual da Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia, realizada em Roma, na última semana de junho.
Os resultados da pesquisa podem representar o primeiro passo na criação de um procedimento capaz de ajudar as mulheres a decidirem qual o melhor momento para ter um bebê.
A investigação científica comandada por Tehrani, iniciada em 1998, ainda não terminou. Para explicar as conclusões que levou ao evento na Itália, o iraniano relatou que sua equipe extraiu amostras de sangue de 266 mulheres, com idade entre 20 e 40 anos, e mediram a quantidade de hormônio AMH (anti-muleriano) – produzido pelas células do ovário da mulher -- em seus organismos.
O teste de AMH revela quantos óvulos a mulher ainda tem no ovário. Duas outras amostras de sangue foram retiradas nos seis anos seguintes, e exames físicos também foram realizados para comprovar os resultados obtidos por meio do exame de sangue.
Com base no AMH medido, os cientistas usaram um modelo matemático para estimar quando as mulheres entrariam na menopausa. Para as 63 mulheres do estudo que entraram na menopausa, a previsão dos cientistas se mostrou correta, dentro de uma margem de erro de quatro meses.
Mesmo diante desses resultados, considerados promissores, o próprio Tehrani advertiu: o AMH é capaz de indicar o status reprodutivo de uma mulher de maneira mais precisa do que o estimado com base em sua idade cronológica, mas considerando o pequeno universo de mulheres que participaram do seu estudo, ele mesmo defende que devam ser feitos estudos de longa duração no tempo – especialmente com mulheres na casa dos vinte anos, que possam ser acompanhadas durante vários anos.
O exame iraniano não prevê quando a mulher perderá a fertilidade – o que acontece cerca de uma década antes da menopausa --, mas se os médicos souberem quando a menopausa começará, eles poderão calcular uma data aproximada do fim dos óvulos.
Trem de alta velocidade pode servir Aparecida
terça-feira, julho 20, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já definiu algumas cidades e locais urbanos que deverão ser atendidos pelo trem de alta velocidade projetado para, até o ano de 2015, fazer a ligação entre São Paulo e o Rio de Janeiro.
A composição deverá partir da área central da capital fluminense – possivelmente aproveitando a infraestrutura do parque ferroviário da Estação Central do Brasil --, passar pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim (também conhecido como Aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador), e fazer uma parada entre as cidades fluminenses de Barra Mansa e de Rezende, antes de ingressar em território paulista.
Em São Paulo, a única parada considerada por enquanto como obrigatória, será em São José dos Campos. Depois o trem continuará para a capital paulista, servindo o Aeroporto Internacional de Cumbica. Haverá um ramal para a cidade de Campinas.
O trajeto ainda não está completamente definido. É possível que o trem de alta velocidade sirva a mais duas cidades paulistas: Aparecida – pólo turístico – e Jundiaí, entre a capital e Campinas. Mas isso ainda dependerá de estudos de viabilidade econômica.
A ANTT espera que as obras da linha comecem no segundo semestre de 2011. É possível que alguns trechos da via férrea já estejam completamente prontos em junho de 2014, quando terá início a próxima Copa do Mundo, mas o governo brasileiro não irá apressar o consórcio que ganhar a concorrência de implementação do projeto, só para atender a movimentação de torcedores do evento.
No Afeganistão, aranhas e macacos ameaçam tropa do Ocidente
segunda-feira, julho 19, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A imprensa americana noticiou que os guerrilheiros talibãs estão treinando babuínos armados com fuzis automáticos Kalashnikov, de fabricação russa, e metralhadoras, para enfrentar os soldados da força de intervenção Ocidental liderada pelos Estados Unidos.
Analistas de Washington dizem que emprego dos “soldados-macacos” pelo Talibã pode fazer a parcela da opinião pública a favor da proteção de animais ser usada para pressionar governos a retirar seus militares do território afegão.
O babuíno é um símio extremamente resistente, que caminha sobre as quatro patas e habita regiões pedregosas e áridas. Um correspondente britânico observou alguns desses animais transportando fuzis AK-47 e outros armamentos portáteis na fronteira do Afeganistão com o Paquistão.
Ironicamente, entre os anos de 1960 e de 1970, a CIA treinou macacos para a chamada “Operação Banana”. Os símios eram enviados ao território do Vietnã à procura de combatentes inimigos.
Não é a primeira vez que os Aliados são alertados sobre a presença de animais perigosos no Afeganistão.
Há cerca de três anos, um caça F-16 da Força Aérea da Holanda que operava no espaço aérea afegão caiu, depois que o piloto, horrorizado, reportou para controladores em terra estar sendo atacado por aranhas.
Os holandeses descobriram que os talibãs, levavam tarântulas – aranhas caranguejeiras altamente venenosas – até os limites do campo de aviação usado pelos jatos militares de seu país, e deixavam que elas caminhassem tranquilamente pela pista. Os animais subiam nas cabines dos aviões, que ficavam abertas, e ali permaneciam, quietas, até que os caças partissem em missão.
Uma vez no ar, perturbadas pelo ruído e pelas variações da gravidade, as tarântulas saíam de seus esconderijos e passavam a constituir ameaça letal para os pilotos.
Americanos anunciam a era dos pequenos reatores nucleares
quinta-feira, julho 15, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A Bechtel, gigante americana dos setores de engenharia e construção civil, anunciou ontem, nos Estados Unidos, parceria com a Babcock & Wilcox, fornecedora de equipamentos nucleares, para oferecer ao mercado, nos próximos anos, um pequeno reator de emprego comercial.
A Bechtel está otimista quanto à aceitação de novas concepções técnicas do equipamento, capazes de baratear a energia nuclear para a geração de energia elétrica.
Inicialmente, a Bechtel ajudará a Babcock a concluir o programa de um reator modular, denominado “mPower”. O projeto necessitará da aprovação da Comissão de Regulamentação Nuclear dos EUA (NRC), antes de ser posto à venda.
Atualmente, a Babcock produz reatores compactos para os submarinos da Marinha americana, assim como combustível nuclear e componentes.
A nova “joint venture” ainda não informou quais são os custos previstos para as pequenas usinas nucleares. Só depois da construção das primeiras unidades é que os parceiros poderão oferecer versões padronizadas por um preço fixo – algo que os fornecedores de reatores jamais conseguiram fazer.
Embora o tamanho médio dos reatores de uso civil venha crescendo, alguns observadores acreditam haver espaço para pequenos reatores.
Esses equipamentos podem ser construídos em fábricas e enviados por via férrea, barcaças ou caminhões até os locais onde deverão funcionar, e depois montadas como “bloquinhos de Lego”. As pequenas dimensões permitem construção mais rápida, e com menos dinheiro imobilizado antes de as vendas de energia começarem.
Butantan quer desmistificar relação dos humanos com as cobras
quarta-feira, julho 07, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

O Instituto Butantan, órgão do governo paulista, é opção de entretenimento educativo para as férias de julho. Os visitantes podem usufruir do parque, com serpentário e Museu de Rua, além de apreciar o Mosaico “Fragmentos & Sentimentos”, na Praça Vital Brazil, ao lado do Museu Histórico.
No serpentário as cobras circulam livres em um fosso, mas sem oferecer perigo ao visitante. Todas as quintas-feiras, das 14h30 às 15h30, o Butantan oferece gratuitamente ao público a oportunidade de manipular duas espécies não venenosas - a falsa coral e a dormideira, no projeto de educação ambiental “Mão na Cobra só no Butantan”, que acontece em frente ao serpentário.
“O objetivo é desmistificar a relação de medo com o animal. A cobra é talvez o bicho que mais causa aversão às pessoas. Se a gente conseguir fazer com que todo visitante manipule uma, é possível que o preconceito diminua e, em vez de matá-las, passem a preservá-las", acredita o biólogo Otavio Marques, pesquisador do instituto.
O complexo do Butantan ainda oferece o Museu Biológico, onde se encontram espécies das principais serpentes brasileiras, aranhas e iguanas, o Museu Histórico, que por meio de objetos e fotos leva o visitante a uma viagem ao início do século XX (época em que o Instituto era uma fazenda), e o Museu de Microbiologia, onde é possível verificar a vida de seres microscópicos, como moléculas de DNA e vírus. Até o dia 30 de julho o museu abre seu laboratório para visitação pública, onde estarão expostos materiais e equipamentos usados em oficinas e atividades práticas.
O Museu de Microbiologia também apresenta a exposição temporária “O Vírus H1N1 na mira da ciência brasileira”, com dois objetivos principais. O primeiro é mostrar a reação da imprensa ao aparecimento das epidemias. Painéis com recortes de jornais permitem comparar o noticiário da gripe espanhola, ocorrida em 1918, com as notícias da H1N1, que assombraram o mundo entre 2009 e 2010. O segundo objetivo é inspirar no público a percepção quanto à importância da vacinação.
O Centro de Difusão Científica do Butantan preparou uma exposição itinerante batizada de “As Grandes Epidemias”, idealizada pelo Museu de Microbiologia. No local, os visitantes têm a oportunidade de conhecer melhor a história de algumas epidemias por meio de vídeos e painéis ilustrativos. A exposição, gratuita, acontece de terça-feira a domingo, das 10h00 às 16h30.
A entrada para os três museus é única e custa R$ 6. Estudantes com identificação pagam R$ 2,50. Crianças até sete anos, idosos a partir de 60 anos e portadores de necessidades especiais não pagam. Os museus funcionam de terça-feira a domingo, das 9h00 às 16h30. A bilheteria funciona de terça-feira a domingo, das 8h45 às 16h15. O endereço é Avenida Vital Brasil 1.500, Butantã, Zona Oeste.
Detalhes da programação:
“Mão na Cobra só no Butantan” - todas as quintas-feiras, das 14h30 às 15h30 - Grátis

Exposição temporária e itinerante “Grandes Epidemias” - de terça-feira a domingo, das 10h00 às 16h30 - Grátis

Exposição temporária “O Vírus H1N1 na mira da ciência brasileira” - de terça-feira a domingo, das 09h00 às 16h30

Laboratório do Museu de Microbiologia - de terça-feira a domingo, das 09h00 às 16h30

Museus Biológico, de Microbiológia e Histórico - de terça-feira a domingo, das 09h00 às 16h30

A bilheteria funciona de terça-feira a domingo, das 08h45 às 16h15.
Preservacionistas alertam contra consumo exagerado
segunda-feira, junho 28, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A Organização Não-Governamental WorldWatch divulga no Brasil, a partir desta quarta-feira, no site da ONG Instituto Akatu (www.akatu.org.br), a versão em português da pesquisa “Estado do Mundo”, referente aos hábitos de consumo mundiais e sua influência negativa sobre o desenvolvimento sustentável.
As conclusões do estudo alertam para uma onda de gastança desenfreada que, tanto do ponto de vista do ritmo de consumo de alimentos, quanto sob o aspecto do uso exagerado da energia, representam importante ameaça a todos os esforços que visam garantir um desenvolvimento sustentado.
O documento “Estado do Mundo” alerta para o fato de que somente a população dos Estados Unidos, equivalente a 5% da população mundial, pode ser apontada por mais de 30% de todo o consumo mundial. E que tal fluxo de compras e dispêndios não deve ser copiado.
A pesquisa desenha também uma hipótese: caso a população global se lançasse às compras e ao consumo de bens de entretenimento com a voracidade dos americanos, os recursos naturais do planeta não seriam suficientes para aplacar a cobiça de mais do que 1,4 bilhão de pessoas. O problema é que hoje o planeta já possui 7 bilhões de habitantes. E até 2050 esse número deverá alcançar os 9 bilhões.
O Akatu – nome da língua nativa Tupi que significa “semente boa” (ou “mundo melhor”) -- é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 2000, que tenta mobilizar a sociedade brasileira para um consumo mais consciente – de menos desperdícios, utilização de papel reciclado e reuso da água, entre outras práticas consideradas indispensáveis ao equilíbrio entre a vida humana e o meio-ambiente.
Plástico Verde made in Brazil seduz Primeiro Mundo
quinta-feira, junho 24, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Autoridades dos setores industrial, de meio-ambiente e de energia do governo holandês ofereceram ao grupo petroquímico brasileiro Braskem uma área nas cercanias da Região Metropolitana de Rotterdam, para a construção de uma fábrica de “Plástico Verde” semelhante à que a empresa começará a operar, no próximo semestre, no município gaúcho de Triunfo.
Até meados de 2015, a Braskem produzirá 200 mil toneladas anuais de artefatos à base de “Plástico Verde”, produzidos com o etanol industrial fornecido por usinas do setor sucroalcooleiro de São Paulo.
Há exatos quatro anos a Braskem anunciou a fabricação do primeiro polietileno a partir do etanol de cana-de-açúcar coberto por certificação internacional. A tecnologia para o produto fora desenvolvida no Centro de Tecnologia e Inovação da empresa. A certificação foi feita por um dos principais laboratórios internacionais, o Beta Analytic, e atestava: o chamado “Plástico Verde” contém 100% de matéria-prima renovável.
O polímero verde da Braskem - polietileno de alta densidade, uma das resinas mais utilizadas em embalagens flexíveis - é resultado de um projeto de pesquisa e desenvolvimento que exigiu cerca de US$ 5 milhões em investimentos.
Parte desse montante foi destinada à implantação de uma unidade-piloto para produção de eteno – base para fabricação do polietileno -- a partir de matérias-primas renováveis pesquisadas no Centro de Tecnologia e Inovação Braskem.
A produção de plásticos a partir do etanol se destina a suprir os mercados internacionais que exigem produtos com desempenho e qualidade superiores, com destaque para a indústria automobilística, de embalagens alimentícias, cosméticos e artigos de higiene pessoal.
Importante: como as resinas têm o mesmo desempenho e propriedades do produto similar obtido a partir de matéria-prima não renovável, a indústria de manufaturados plásticos deverá beneficiar-se desse desenvolvimento sem a necessidade de fazer investimentos em novos equipamentos.
Contrabando de marfim africano para o Sudeste Asiático aumenta
quarta-feira, junho 09, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A Interpol – Polícia Criminal Internacional – e a Europol – Polícia da União Européia – pedirão a ajuda do Conselho Executivo da União Africana para combater de forma mais eficiente o contrabando das presas de marfim de elefantes africanos.
Há um mês, autoridades alfandegárias da República do Vietname apreenderam duas toneladas desse marfim que estavam escondidas em um barco procedente do Quênia. A carga, armazenada em um contêiner e recoberta por algas secas, foi descoberta no porto de Doan Xa, a uns 100 km a leste da capital Hanói, no norte do país. Seu destino final era o porto de Hong-Kong.
Foi a segunda apreensão do gênero em dois meses. Em março, inspetores aduaneiros da cidade vietnamita de Haiphong já haviam confiscado outras sete toneladas de dentes de elefante originárias da Tanzânia.
A presa de um elefante africano pode chegar a ter 3 metros de comprimento – e a pesar 90 quilos. O marfim é valioso para a confecção de jóias, teclas de piano, bolas de bilhar e peças e tabuleiros de xadrez.
A Interpol já não tem dúvidas de que o contrabando é administrado por gangues asiáticas controladas por organizações criminosas da China e do Japão. Esses “importadores” teriam firmado um acordo de salvaguarda para os seus transportes clandestinos junto aos piratas que agem na costa oriental da África.
A Interpol e a polícia europeia querem mais apoio dos governos africanos, mas observam que apesar de criado em julho de 2001, o Comitê de Paz e Segurança da Organização da Unidade Africana até hoje não iniciou os seus trabalhos de rotina. Com isso, uma articulação global com as estruturas policiais da África Negra ficou muito mais difícil.
Em 2014, um motor de avião a jato ‘politicamente correto’
quarta-feira, junho 02, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Um motor de avião a jato menos barulhento, mais econômico e menos poluente. Sonho? Os técnicos da empresa americana Pratt & Whitney garantem que não.
Até 2014, centenas de jatos de passageiros de porte médio já devem estar decolando movidos pelo PW1000G, da P & W, cujo projeto inovador vem sendo apontado como capaz de representar um marco na história da aviação comercial.
Na atualidade, o panorama do transporte aéreo reflete um tenso jogo de pressões, em que dirigentes de companhias aéreas buscam aviões mais econômicos – no consumo de combustível e na manutenção --, que sejam, ao mesmo tempo, menos barulhentos e menos poluentes. Uma forma segura de viabilizar a redução de seus custos.
No projeto do PW1000G, o grande diferencial é uma caixa de redução que permite ao turbofan (o grande ventilador do coração do sistema de impulsão da aeronave) operar a uma velocidade menor, elevando a circulação interna de ar dentro do motor. O sistema, considerado mais avançado do que o dos motores atuais, melhora a eficiência do avião, assegura a Pratt & Whitney.
De acordo com as mesmas informações, no PW1000G a queima de combustível é 12% a 15% menor do que a verificada nos motores atuais – funcionamento que deverá gerar uma economia de 1 milhão de dólares/ano. Além disso, o volume de emissões de partículas poluentes pode ser reduzido em 3 mil toneladas anuais – equivalente ao plantio de 700 mil árvores.
Finalmente há o problema da redução de ruído, que afeta tanto os passageiros a bordo com as pessoas em terra. A P & W garante que no PW1000G, essa diminuição é de 50% a 75%, ou seja, entre 15 decibéis e 20 decibéis a menos do que o barulho produzido por um avião normal, que fica ao redor dos 130 decibéis.
Madeira, o pioneiro esquecido, foi mesmo importante?
quinta-feira, maio 20, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Investigadores da história de Ubatuba – balneário do litoral norte paulista -- e do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, não se esquecem dele. Mas biógrafos de Alberto Santos Dumont – considerado o “Pai da Aviação” --, e pesquisadores da indústria aeronáutica brasileira insistem em ignorar o trabalho científico do ubatubense Gastão Madeira, nascido em 20 de junho de 1869 – exatos quatro anos antes de Santos Dumont (que é de julho de 1873).
Neto de um joalheiro francês que emigrara para o Brasil, Santos Dumont nasceu em berço de ouro, e seguiu ainda jovem (18 anos) com a família para Paris. Gastão – filho do dr. Joaquim José Lázaro Madeira e de dona Maria Angélica – era de família humilde. Em 1891, enquanto Santos Dumont viajava para a Europa, ele ainda tentava imaginar – sem muitos resultados práticos -- quais eram os fatores que garantiam sustentabilidade aos pássaros no ar.
Aos quatorze anos Gastão Madeira começou a observar os deslocamentos das aves, com o objetivo de descobrir se, durante o vôo planado, o centro de gravidade dos animais era, ou não, deslocado, de modo a fazer com que o fator peso pudesse atuar como elemento propulsor. Madeira chegou a estudar uma teoria que pudesse explicar a suspensão do corpo no ar, bem como o deslocamento das espécies no espaço. Suas pesquisas impressionaram, pela criatividade, algumas das figuras mais renomadas da engenharia brasileira à época: entre eles, Paulo de Frontin, Carlos Sampaio e Álvaro Rodovalho Marcondes dos Reis.
Tendo publicado no "Correio Paulistano", em 1892, um longo artigo sobre os seus trabalhos, Madeira encerrou as suas investigações acerca do vôo dos pássaros, para dedicar-se às etapas subseqüentes de sua pesquisa: o planador, o dirigível e o aeroplano.
Uma das contribuições mais notáveis de Madeira à indústria aeronáutica brasileira, foi seu estudo sobre a estabilidade dinâmica dos aeroplanos. Para tanto ele construiu pequenos aparelhos de madeira, que foram apresentados aos professores da Escola Politécnica de São Paulo. As conclusões desses mestres foram levadas ao então presidente do Estado paulista, Altino Arantes. Os estudos também tiveram forte repercussão no Congresso Estadual, que aprovou um pequeno auxílio para que o pesquisador de Ubatuba continuasse seu trabalho na Europa.
Em 1914 Gastão Madeira embarca para uma estadia de três anos na França. Não obstante as perturbações acarretadas pela Grande Guerra, o estudioso ubatubense se reúne com técnicos da engenharia aeronáutica francesa.
Em 1940, aos 71 anos, Madeira patenteou um novo tipo de hélices para aeroplanos, hidroplanos e dirigíveis.
Ele morreu em 1942, e ainda hoje permanece praticamente desconhecido dos historiadores. O mesmo acontecendo com o conjunto de suas pesquisas, jamais avaliadas do ponto de vista técnico, para que se pudesse concluir pela real importância desse ubatubense para o desenvolvimento dos aviões.
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Latinoamericanos estudarão ampliar uso de tecnologias espaciais
quarta-feira, maio 19, 2010 | Author: Blog da redação
Roberto Lopes

Dez países latinoamericanos debaterão, entre 15 e 19 de novembro deste ano, a expansão do uso de tecnologias espaciais em prol de seu desenvolvimento sócio-econômico.
As discussões terão lugar durante a 6ª Conferência Espacial das Américas, a ser realizada na cidade de Pachuca, no estado mexicano de Hidalgo.
Já confirmaram presença no encontro delegações da Argentina, do Brasil, Chile, México e Equador. Outros cinco governos da região – Costa Rica, Uruguai e Colômbia entre eles -- informaram que mandarão observadores ao evento.
O tema da reunião será “Espaço e desenvolvimento. As aplicações espaciais a serviço da humanidade e do desenvolvimento das Américas”. A pauta examinará a aplicação das tecnologias espaciais em assuntos como educação à distância, telecomunicações, prevenção e medição de desastres naturais, compartilhamento de dados obtidos por meio de satélites artificiais e preservação do meio-ambiente.
Os países participantes serão estimulados a montar sistemas próprios de monitoramento remoto, informação de dados geográficos, e de navegação por satélite.
A conferência, que tem o apoio do Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior, acontece no mesmo ano em que o governo da Cidade do México está ativando a sua Agência Espacial (AEXA) – cuja sede será em Tulacingo, também no estado de Hidalgo.
Nos últimos 25 anos, ao menos quatro astronautas mexicanos subiram ao espaço – entre eles uma mulher, a física Ellen Ochoa, em 2000. Os mexicanos planejam agora construir uma base de lançamentos espaciais na Península de Yucatán.
Analista alemão: Brasil pode estar a caminho da bomba nuclear
quinta-feira, maio 13, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

O site Defesanet.com, de assuntos estratégicos e de defesa, reproduz entrevista do ex-diretor do Departamento de Planejamento do Ministério da Defesa da República Federal da Alemanha e analista do Conselho Alemão de Relações Internacionais, Hans Rühle, à jornalista Cristina Krippahl, da Deutsche Welle, sobre o programa nuclear brasileiro.
Semanas atrás, Rühle escreveu um artigo na Revista Internationale Politik, onde afirma que o Brasil pode estar pesquisando a construção da bomba atômica. Ele reclama que Brasília ainda opõe muitas barreiras à fiscalização internacional nesse campo.
Mas suas respostas à repórter são menos incisivas que a especulação que ele faz na revista. Eis os principais trechos da entrevista:
Sobre as evidências nas quais Rühle se baseou para escrever seu artigo...
Hans Rühle: Primeiro, é preciso lembrar que o Brasil teve três diferentes programas nucleares entre 1975 e 1990. Eles acabaram, mas não está claro o que aconteceu com eles. E constato que, desde 2003, há desenvolvimentos difíceis de interpretar.
Por um lado, o Brasil é membro do Tratado de Não-Proliferação. Por outro, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica se deparam com grandes obstáculos quando querem inspecionar o território. O país também se recusa a permitir controles de centrais nucleares não declaradas oficialmente.
E também é preciso dizer que o Brasil tem um programa de submarino nuclear que também está vedado aos inspetores. Sabemos que o grau de enriquecimento de urânio desse tipo de programa permite a construção de armas atômicas.
Sobre o fato de o Brasil ser signatário do Tratado de Não-Proliferação...
Rühle: Este é o problema: o Brasil não assinou o protocolo adicional do acordo, que amplia os poderes de controle da agência. Acho que só 4 ou 5 países não assinaram o acordo, entre os quais o Brasil. (nota do editor: o acerto adicional foi assinado por 98 países).
Esse protocolo autoriza o livre acesso a todos os locais de atividade nuclear, a qualquer hora, sempre que houver uma suspeita, de modo que os inspetores possam investigar todas as instalações. Os brasileiros não assinaram esse protocolo, o que significa que as autoridades de Viena só podem visitar as instalações declaradas.
Sobre a opção (repetidamente anunciada) do presidente Lula de o Brasil não subscrever essa parte do tratado...
Rühle: Estamos falando de um país democrático, com uma Constituição que proíbe o uso de armas nucleares.
Essa proibição está numa Constituição de 1988, formulada por um governo anterior à presidência de Lula. E ele já deixou claro que não concorda com as decisões então tomadas, nem com a assinatura do Tratado de Não-Proliferação, nem com a proibição constitucional de armas atômicas.
Além disso, a Constituição não permite a construção de armas atômicas, mas autoriza as chamadas "explosões nucleares pacíficas", que, no fundo, não são muito diferentes de explosivos nucleares. São diferentes só no nome.
O melhor exemplo disso é a Índia, que nesse caso serve de modelo para o caso brasileiro. Em 1974, a Índia realizou uma dessas explosões e a declarou como pacífica. Hoje sabemos dos próprios indianos do que se tratava de fato. O responsável pela operação afirmou, 23 anos depois: "Claro que foi uma bomba, e de forma alguma pacífica".
Além do mais, a Constituição brasileira permite ser contornada.
Sobre o fato de que o próprio analista admite que não há provas concretas de que o Brasil esteja construindo uma bomba...
Rühle: Essa questão de evidências sempre é difícil. Podemos fazer uma comparação entre Brasil e o Irã. Sabemos mais sobre o Brasil do que sobre o Irã. Citei o vice-presidente argentino, que há um ano disse que o país precisa de armas nucleares. No Irã, isso jamais foi dito por líder algum. Ou seja, no caso brasileiro, estamos significativamente à frente.
Temos um conhecimento relativamente reduzido sobre as instalações brasileiras. Mas sabemos que o Brasil tem possibilidades infinitamente maiores no que diz respeito ao processo nuclear. O país já faz isso há 30 anos e domina todas as etapas do processo.
Não foi à toa que citei os institutos americanos de Los Alamos e Livemore, segundo os quais o Brasil, se quiser, pode construir armas nucleares em três anos.
Não posso dizer, no caso brasileiro, quando isso vai acontecer, pois não sei quando o programa começou. Aliás, provavelmente ninguém sabe, a não ser os brasileiros.
Garzón pode ser punido por apurar crimes do Franquismo
sexta-feira, maio 07, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Baltasar Garzón, o famoso juiz espanhol que, em outubro de 1998, emitiu uma ordem de prisão internacional contra o ditador Augusto Pinochet (falecido em dezembro de 2006), corre o risco de ser demitido de suas funções.
De acordo com o site do respeitado Centro para a Pesquisa Histórica e Documentação de Guerra e da Sociedade Contemporânea da Bégica (www.cegesoma.be), um juizado de instrução da “Audiencia Nacional” espanhola – tribunal especial para a apreciação de casos de terrorismo, corrupção e crime organizado – decidirá se Garzón incorreu em “abuso de poder” ao abrir informações judiciárias sobre crimes de guerra cometidos na Guerra Civil da Espanha, entre 1936 e 1939, e durante a ditadura do general Francisco Franco, que se estendeu por 36 anos a partir da vitória dele na guerra civil, em 1939.
A denúncia contra o juiz foi apresentada por três grupos políticos da direita radical espanhola – entre os quais se encontram seguidores da antiga Falange Espanhola (controlada por Franco) --, junto à Alta Corte de Justiça da Espanha, que acatou a solicitação para exame.
O acolhimento da reclamação contra o juiz foi interpretado como uma afronta e uma “dolorosa humilhação” pelas entidades dedicadas à luta pelos Direitos Humanos e ao restabelecimento da memória histórica na Espanha.
A polêmica da acusação contra Garzón acontece no mesmo ano em que historiadores e juristas planejam realizar em Bruxelas, no fim de novembro, um congresso internacional sobre os limites entre a pesquisa histórica e a vida privada. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no filme de propaganda, em:
www.youtube.com/watch?v=wdS80IPYH-s&feature=related
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Na busca por petróleo, fôlego de Caracas parece cada vez menor
segunda-feira, maio 03, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

O jornal venezuelano “El Nuevo País” anunciou ontem (domingo, 2 de maio), que o grupo empresarial brasileiro Odebrecht vai explorar petróleo em quatro campos do território do Estado de Zulia, que totalizam uma área de 384 quilômetros quadrados.
A concessão foi feita após a direção da Odebrecht pagar cerca de 50 milhões de dólares ao governo venezuelano, a título de sinal dos investimentos que pretende fazer no projeto – que não teve seu montante geral revelado.
A notícia surge exatas duas semanas depois de uma outra, que informou sobre uma pouco usual oferta feita pelo ministro da Energia e do Petróleo da Venezuela, para que empresas americanas realizem sondagens em uma faixa de terra a partir da margem norte do rio Orinoco, na região central de seu país.
Analistas europeus avaliam que tais informações são sinais evidentes de que a empresa estatal venezuelana do petróleo, PDVSA, está sem fôlego financeiro para manter seus programas de investimento, dentro e fora do país.
Este mês vão se completar cinco anos desde que o presidente Hugo Chávez anunciou sua disposição de investir 2 bilhões de dólares na Refinaria Abreu Lima, na área do porto pernambucano de Suape.
Os venezuelanos estão atrasados no desembolso da primeira parcela, de 490 milhões de dólares, e o início do funcionamento da refinaria – que vem sendo questionado pelo Tribunal de Contas da União – já mudou duas vezes: de agosto de 2010 para março de 2011 e, mais recentemente, para julho de 2011. O complexo Abreu Lima será composto de duas grandes refinarias. A primeira unidade deve empregar cerca de 17 mil trabalhadores e, quando estiver pronta, se concentrar na produção (70%) de óleo diesel.
Antes da crise financeira internacional que eclodiu entre fins de 2008 e o início de 2009, a Venezuela anunciara planos de investimento em terminais petroquímicos na Nicarágua e no litoral norte do Equador. O projeto nicaragüense, batizado de “Sonho Supremo de Bolívar”, ainda recebeu um aporte de 250 milhões de dólares dos bolivianos, mas os dois programas estão, hoje, com seus cronogramas completamente atrasados.
Semana passada, durante uma visita a Brasília, o presidente Chávez reiterou o compromisso de seu governo com a instalação de Abreu Lima.
O Departamento de Estado americano vê, contudo, com cautela a oferta feita por Caracas a empresas americanas interessadas em investir na área do Orinoco. Em conversas privadas, a advertência que a diplomacia dos Estados Unidos faz, é de que não há, na Venezuela da atualidade, a menor garantia de que contratos feitos pela PDVSA com parceiros estrangeiros venham a ser respeitados.
Desafios à saúde humana no espaço ainda são grandes
terça-feira, abril 20, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Especialistas do Centro Espacial Johnson, da NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos), e do curso de Medicina Espacial da Universidade do Texas, na cidade americana de Galveston, ainda lidam com problemas enormes para aumentar as chances de sobrevivência do homem em longas permanências no espaço.
A meta inicial: permitir que, em futuro não muito distante, uma equipe de astronautas possa visitar a superfície do planeta Marte e regressar a salvo. Reportagem especial do canal de TV a cabo History Channell mostrou que, em sua órbita mais próxima da Terra, Marte não poderá ser alcançada antes que o homem viaje pelo espaço por 104 dias.
Submetido à falta de gravidade por períodos mais longos, o corpo humano fica suscetível à desorientação, atrofia do sistema digestivo e dos membros inferiores, além de ter o seu metabolismo afetado por fatores tão diversos quanto a alimentação pastosa prolongada (ingerida através de canudinhos plásticos) e a exposição do organismo a elevados níveis de radiação.
Atualmente, os modernos laboratórios em órbita já incorporam equipamentos destinados a manter o desenvolvimento muscular dos viajantes espaciais, como esteiras e bicicletas (de funcionamento praticamente igual às que funcionam em casa ou em um centro de fitness).
O ideal seria que as próximas naves espaciais pudessem ser como as dos filmes do cinema: dotadas de um ambiente interno com gravidade igual à da Terra.
Além disso, a NASA precisa equacionar o problema da produção de água e comida fora do planeta terrestre.
Por enquanto, as pesquisas mais avançadas se concentram no desenvolvimento de um trailer capaz de abrigar dois astronautas durante uma temporada na superfície lunar – o que servirá como teste para a visita à superfície marciana.
Vem aí um novo boom do petróleo
segunda-feira, abril 05, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Ao menos, é isso o que garante a Agência Internacional de Energia.
Financiada pelos 28 países maiores consumidores de petróleo do planeta, a entidade, que tem sede em Paris, emitiu um estudo que aponta ao menos quatro motivos para a ocorrência de uma nova explosão no preço do petróleo, por volta do ano de 2012:
1. A demanda de curto prazo da China;
2. O esgotamento da exploração do cru de fácil acesso;
3. O adiamento, por força da crise econômica do período 2008/2009, de vários projetos que envolveriam um aumento gradual no consumo do petróleo; e
4. A necessidade de recomposição de lucros no setor.
De acordo com a mesma análise, o preço do barril -- hoje no patamar dos 60 dólares -- deve voltar a cruzar a marca dos 100 dólares o barril.
No ano passado os países produtores de petróleo assistiram uma queda no consumo mundial da ordem de 3% -- a mais importante em 30 anos.
As dificuldades experimentadas pelo sistema financeiro internacional representaram o adiamento (ou cancelamento) de programas de extração, refino e comercialização de petróleo da ordem de 170 bilhões de dólares.
Combate à Aids na África vai aumentar
sexta-feira, março 26, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A Organização Mundial da Saúde e a União Africana vão estudar um conjunto de medidas capazes de refrear a expansão dos casos de Aids pela região centro-ocidental da África Subsaariana (chamada por alguns, simplesmente, de África Negra).
Uma das medidas a ser proposta é a proibição da venda de carne de macaco em feiras livres de países com dificuldades evidentes para controlar o surto da doença.
Ano passado, autoridades sanitárias francesas confirmaram a identificação de uma mulher camaronesa, de 62 anos, que chegou a Paris em 2004 infectada por um novo tipo de vírus da Aids.
O diagnóstico foi realizado com o apoio de pesquisadores da Universidade de Rouen. A mulher morava perto de Yaounde, a capital dos Camarões, mas assegurou que não teve contato com macacos, nem com carne de animais selvagens de países tropicais.
Artigo do jornal “Nature Medicine” informou que o vírus diferia dos três já conhecidos, e parece estar relacionado a uma versão símia do vírus recentemente descoberto em gorilas selvagens.
Caso a expansão da Aids na África não seja combatida com extraordinária eficiência, em 2025 cerca de 89 milhões de africanos terão morrido dessa doença.
O primeiro caso de Aids teria surgido na África Central, entre o fim da década de 1970 e o início dos anos de 1980, como resultado de uma mutação, desencadeada por via indireta de outro vírus, não patológico, identificado em certo tipo de macaco africano, o macaco verde (Cercopithecus aethiops). O vírus teria partido da África e, via Haiti, atingido os Estados Unidos, Europa e outros continentes.
EUA não sabem onde julgar ‘réu explosivo’
quinta-feira, março 18, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A imprensa americana mantém a expectativa de que o governo Obama anuncie em no máximo duas semanas o local do julgamento do kuaitiano Khalid Sheikh Mohammed, acusado de ser o mentor intelectual do ataque às torres gêmeas de Nova York, em 11 de setembro de 2001.
Mohammed foi preso no Paquistão, em 2003, e está detido em uma área isolada da base militar americana de Guantânamo. Ele é suspeito de envolvimento em vários outros atentados organizados pela rede terrorista Al Qaeda contra cidadãos e instituições dos Estados Unidos.
O Presidente estadunidense Barack Obama e o Procurador-Geral de Justiça, Eric Holder, defendem que Mohammed seja julgado por uma vara criminal da cidade de Nova York, mas essa hipótese é cada vez menos provável.
A Prefeitura nova-iorquina estimou em 230 milhões de dólares o gasto com medidas de segurança para garantir o julgamento. Além disso, a bancada Republicana no Congresso exige que o terrorista seja levado a uma corte militar.
O jornal “Washington Post”, que primeiro noticiou o dilema em torno do julgamento do terrorista, no último dia 5, informa que, mesmo no caso de o Executivo manter sua decisão de encaminhar o réu à Justiça civil, várias hipóteses estão sendo estudadas. Uma delas, a de realizar o evento dentro de uma instalação militar, em um ponto remoto do território americano.
Nesse caso, poderiam ser considerados um lugar desértico do meio-oeste americano, uma ilha do Pacífico, uma base no Alasca ou, até mesmo, a própria base de Guantânamo.
Fiesp sugere desconcentrar pesquisas
quinta-feira, março 11, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A economia brasileira é tida como uma das dez mais poderosas do mundo – chegando, ocasionalmente, a um honroso oitavo posto --, mas esse potencial não se aproveita da capacidade criativa dos brasileiros.
Um seminário promovido, semana passada, pela Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Científica revelou que apenas 2% das pesquisas mundiais ocorrem em território brasileiro, e que elas estão altamente concentradas no âmbito universitário: 66%. Apenas para comparar: nos Estados Unidos – primeira economia mundial --, não mais do que 13% das investigações de toda a ordem transcorrem nos institutos de ensino superior. O resto está distribuído entre a iniciativa privada, as Forças Armadas e os centros de pesquisa mantidos pelo governo.
O evento da primeira semana de março lançou a “Rede de Inovação” (www.rededeinovacao.org.br), blog que traz notícias sobre os mais diversos temas nas áreas de ciência e tecnologia.
O projeto, conduzido pelo Centro Internacional de Inovação do Sistema Fiep, disponibiliza, em ambiente digital, informações que possam potencializar a criação e a transferência de experiências e boas práticas de inovação das indústrias e partes interessadas do Estado.
A meta é fortalecer as ligações da pesquisa, da ciência e da tecnologia com as empresas, de forma a que todo conhecimento gerado nos centros universitários possa ser transferido e transformado em produtos e serviços – e, sobretudo, fazer isso de forma sustentável.
Projeto do satélite universitário será checado em março
quinta-feira, fevereiro 25, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Especialistas do Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Agência Espacial Brasileira (AEB) e da consultoria internacional TU Berlin se reúnem em São José dos Campos (SP), na última semana de março, para rever o elenco de medidas preliminares – Preliminary Requirement Review (PRR), no jargão científico internacional -- a serem tomadas no projeto do satélite artificial universitário ITASAT.
O ITASAT prevê o lançamento (ainda sem data marcada) de um engenho – batizado ITASAT-1 -- de pequeno porte (aproximadamente 80kg) que irá operar em baixa órbita terrestre (600 km de altitude). O satélite deve estar apto a realizar coleta de dados em consonância com as normas do Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais. O ITASAT-1 também permitirá a realização de testes com cargas úteis experimentais.
O programa irá viabilizar a formação de recursos humanos em nível de graduação e de pós-graduação por todo o espectro do projeto. O ITASAT é dividido em subsistemas que envolvem: estrutura, controle térmico, suprimento de energia, computador de bordo, controle de atitude, telemetria e telecomando, carga útil, transponder de coleta de dados e experimentos.
A coordenação geral do Projeto cabe à AEB, tendo o ITA como responsável pela execução do projeto e o Inpe como provedor de consultoria técnica, de infraestrutura laboratorial e gestor financeiro. Os gerentes técnicos são o Engenheiro Katuchi Techima (AEB), Engenheiro Wilson Yamaguti (Inpe) e o Professor David Fernandes (ITA).
Sob a coordenação do ITA participam, além de professores e alunos de graduação e pós-graduação do Instituto, professores e alunos de graduação e de pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade de Brasília (UnB), do Inpe e da Technical University of Berlin (TU Berlin), esta última através de estudantes bolsistas do Programa UNIBRAL da CAPES/DAAD. No ano passado trabalharam no projeto 32 alunos de graduação, 23 mestrandos e cinco doutorandos.
O programa “Missão ITASAT-1” está inserido no Plano Plurianual “Desenvolvimento e Lançamento de Satélites Tecnológicos de Pequeno Porte” (PPA/Ação 4934), que prevê a realização de uma série de missões destinadas a realizar experimentos, desenvolver e testar inovações tecnológicas de satélites e cargas úteis, além de capacitar a indústria aeroespacial brasileira.
Enfermidades ‘sob controle’ explodem de novo
terça-feira, fevereiro 23, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A Organização Mundial da Saúde prepara para o segundo semestre deste ano, um alerta fartamente documentado sobre enfermidades supostamente erradicadas, ou tidas como "sob controle", que, nos últimos 25 anos, estão reaparecendo com força insuspeita – algumas nas vizinhanças do Brasil.
O governo de Angola informou a entidade que, em decorrência da guerra civil que aconteceu no sul do país – e da degradação dos serviços de prevenção médica na região --, houve um ressurgimento da tripanossomíase africana, mais conhecida como “Doença do Sono”, frequentemente fatal.
Ela é causada por uma subespécie do parasita unicelular Trypanosoma brucei: o T. brucei gambiense, transmitido pela picada da mosca tsé-tsé. Os sintomas da doença febre, tremores, dores musculares e articulares, linfadenopatia (aumento dos ganglios linfáticos), mal estar, perda de peso, anemia e trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue). Em seis meses podem surgir sintomas neurológicos e a meningoencefalite, que acarreta retardamento mental. Segue-se a morte, em um prazo de até seis anos.
Na primeira metade da década de 70, as autoridades coloniais portuguesas declararam a “Doença do Sono” erradicada em Angola.
Outra enfermidade que recrudesce, dessa vez em território argentino, é a leishmaniose.
Um artigo dos pesquisadores Patricio Garrahan e Oscar Daniel Salomón, publicado no último número da Revista “Ciencia Hoy”, revela: a leishmaniose, considerada uma enfermidade tropical, vem se multiplicando de forma assustadora em zonas temperadas. Nos últimos 25 anos foram registradas epidemias de leishmaniose cutânea em nove províncias (estados) argentinas. A doença provoca a ulceração da pele e, em certos casos, até a mutilação.
Quatro anos atrás o Ministério da Saúde argentino constatou também a incidência de leishmaniose visceral no país. Hoje, pelo menos quatro províncias já anotaram casos dessa enfermidade.
A leishmaniose é uma doença provocada pelos protozoários do gênero Leishmania, transmitida ao homem pela picada de insetos conhecidos no Brasil como mosquitos "palha" – ou "birigui".
A leishmaniose visceral pode ficar incubada no ser humano durante anos. As leishmanioses danificam órgãos como baço e fígado, e até a medula óssea. Seus sintomas são febre, tremores violentos, diarreia, suores, fadiga e anemia. Não sendo tratada, pode apressar complicações fatais em pacientes de baixa imunidade, como os portadores de AIDS.
No Brasil, desde 1985, já foram registrados mais de 600 mil casos de leishmaniose.
Frades inauguram convento Franciscano no violento Sudão
sexta-feira, fevereiro 19, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Até a primeira semana de outubro, época em que se comemora a tradicional Festa de São Francisco de Assis, os Frades Franciscanos devem inaugurar o seu primeiro convento em Cartum, a capital do turbulento Sudão.
A cidade não é apenas a capital do maior país africano. Trata-se da sede de uma nação mergulhada em conflitos étnicos e políticos, que se desenvolvem em um ambiente totalmente islâmico. Nos últimos dois anos, a Ordem dos Franciscanos viveu numa pobre moradia, na periferia urbana – imóvel emprestado pelo Bispo local. A construção do convento, o primeiro do Sudão, foi iniciada em janeiro.
Em Cartum, há cinco Frades: três estudantes – Peter, John, e Charles --, um egípcio – Magdy -- e o filipino Melito. Eles se ocupam dos cristãos ali refugiados há vários anos. A Ordem foi fundada por Francisco de Assis em 1221. Seus atuais integrantes fizeram voto de pobreza, castidade e obediência, em ambiente de clausura.
Em duas paróquias e treze centros pastorais, além das seis escolas, o grupo de Frades se constitui em uma das principais referências para os católicos sudaneses e estrangeiros residentes no país.
Peregrinos conhecerão a vida de Maria através de multimídia
sexta-feira, fevereiro 12, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A entidade francesa Associação Maria de Nazaré inaugura no fim deste ano, na cidade de Nazaré, o Centro Internacional Maria de Nazaré – um complexo de três prédios defronte à Igreja da Anunciação --, que oferecerá a peregrinos, turistas e moradores da Terra Santa, informações detalhadas sobre a vida da mãe de Jesus, valendo-se dos mais modernos recursos multimídia.
O Centro terá outras instalações espalhadas pela área urbana. Numa delas, no fim do ano passado, foram encontradas as ruínas de edificações residenciais do chamado período Helenístico, entre os anos de 300 antes de Cristo e 100 depois de Cristo. O local foi excluído da lista de escritórios do Centro Maria de Nazaré, e entregue aos cuidados da “Israel Antiquities Authority” – a agência israelense que cuida da investigação arqueológica.
A Igreja da Anunciação foi erguida no local onde o anjo Gabriel teria comunicado a Maria a vinda de Jesus Cristo.
O Centro está sendo instalado em um quadrilátero de apenas três quarteirões – cerca de 300 metros – de extensão lateral, delimitado pelo local onde se supõe esteve a casa de Maria, a oficina de seu esposo José, a Sinagoga e a chamada “Tumba do Justo” – que muitos historiadores também entendem como uma referência a José.
Nazaré teria sido a cidade onde Jesus passou a maior parte da infância – etapa de sua vida sobre a qual há pouquíssimas referências de indiscutível valor histórico.
Russos ampliam parceria com o Brasil na área espacial
quinta-feira, fevereiro 04, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Projeto impensável até 20 anos atrás, quando os planos da Aeronáutica brasileira no campo espacial eram vigiados – e criticados – de perto pelos Estados Unidos, a cooperação da Rússia com o Brasil no setor já é tratada às claras, e está até se expandindo.
O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) confirmou: o Instituto de Aviação de Moscou está apoiando a formação dos 40 especialistas nacionais que, no Instituto Tecnológico de Aeronáutica, em São José dos Campos (SP), estudam as técnicas de propulsão líquida para foguetes. Eles devem completar seus cursos até o fim de 2012, somando-se a outros 40 profissionais já diplomados nessa área.
Instrumentada por misturas à base de querosene especial, oxigênio líquido e álcool, a propulsão líquida confere um empuxo muito maior aos engenhos especiais. O problema é que seus componentes resultam em produtos muito mais instáveis do que o chamado combustível sólido – usado intensivamente pela Força Aérea Brasileira e algumas empresas privadas, como a Avibras Indústria Aeroespacial (também em São José dos Campos), que fornece foguetes militares do tipo terra-terra (lançados de um veículo blindado em terra para atingir alvos em terra).
Em outra vertente dessa parceria, a companhia russa Space Rocket Center Makeyev prestou consultoria técnica à elaboração do projeto básico da nova Torre Móvel de Integração que está sendo erguida em Alcântara, no Maranhão, para lançar o Veículo Lançador de Satélites brasileiro – mais conhecido pela sigla VLS.
Os russos sugeriram mudanças nos sistemas de segurança da torre. As mudanças permitiram adaptar o projeto às normas internacionais. A mesma empresa também foi contratada pela Aeronáutica para dar suporte técnico ao projeto do VLS na parte de segurança e confiabilidade, um contrato estimado em cerca de R$ 3,5 milhões.
A nova torre, de 33 metros de altura e 330 toneladas de peso, substituirá a que foi completamente destruída na explosão de um foguete VLS em agosto de 2003 – episódio em que morreram 21 técnicos civis e militares do Brasil. As principais modificações estão relacionadas aos ambientes pressurizados e às saídas de emergência escape para o caso de acidentes. Em uma situação dessas, as pessoas que estiverem trabalhando no local terão mais condições de sobreviver. Elas poderão sair por um túnel subterrâneo, e ficar abrigadas de forma segura durante vários dias. Todo o sistema também terá proteção térmica para suportar altas temperaturas.
O projeto assessorado pelos russos envolve a construção de uma torre móvel, mesa de lançamento, torre de umbelicais (cabos que são conectados ao foguete), túnel e torre de escape, bem como uma série de equipamentos indispensáveis ao seu funcionamento: sistemas elétricos, de climatização, detecção, alarme e combate a incêndio, rede de gerenciamento, circuito fechado de TV, sala de interface e casa de equipamentos de apoio.
A expectativa da Agência Espacial Brasileira é que a torre esteja pronta para iniciar os primeiros lançamentos até dezembro de 2010. A estrutura atenderá não só ao VLS, mas também aos programas de lançamento do foguete ucraniano Ciclone 4.
Mais revelações sobre o cardápio do homem pré-histórico
quarta-feira, janeiro 27, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A recente descoberta do arqueólogo americano Patrick McGovern, de que há cerca de 9 mil anos – muito antes, portanto, da invenção da roda -- os habitantes do vilarejo neolítico de Jiahu, na China, fermentavam um tipo de bebida com 10% de teor alcoólico, joga luz nova sobre a investigação do cardápio do homem pré-histórico.
Em seu Laboratório de Arqueologia Biomolecular para Cozinha, Bebidas Fermentadas e Saúde, no Museu da Universidade da Pensilvânia, McGovern analisou artefatos de argila encontrados durante escavações no vale do Rio Amarelo na China
Especialista em identificar traços de bebidas alcoólicas em descobertas pré-históricas, ele realizou a chamada cromatografia líquida associada com a espectrometria de massa nos restos de argila da Ásia, e encontrou traços de ácido tartárico – um dos muitos ácidos presentes no vinho – e cera de abelha nos pedaços de argila. Parece que os humanos pré-históricos da China combinavam frutas e mel para produzir uma bebida intoxicante.
Esteróis de plantas mostram que o arroz selvagem também era usado como ingrediente. Sem nenhum conhecimento de química, os humanos pré-históricos aparentemente misturavam punhados de arroz à saliva da boca para quebrar o amido dos grãos, e, dessa forma, transformar o cereal em açúcar maltado.
Eles, então, cuspiam o arroz mastigado na bebida. Cascas e espuma fermentada flutuavam no líquido, que era sorvido do interior de jarras de abertura estreita, por meio de longos canudos. O álcool ainda é consumido desta forma em algumas regiões da China.
A alimentação da era pré-agricultura era rica em frutas, legumes, raízes, nozes, peixes e carnes de caça. Ela supria o organismo de grandes quantidades de gordura ômega-3, vitaminas, minerais e fitoquímicos (substâncias naturalmente presentes nos vegetais, que servem à prevenção de determinadas doenças).
O cardápio do período – entre 9 mil e 12 mil anos atrás -- era também riquíssimo em fibras, fornecendo cerca de 100g por dia (a recomendação atual é de 20 a 35g diárias). O consumo desses nutrientes ajuda no controle do peso, do colesterol sanguíneo e do diabetes, além da prevenir doenças cardiovasculares e de diversos tipos de câncer.
Tubo de 1 km evitará desastre em estação brasileira na Antártica
quinta-feira, janeiro 21, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A Diretoria de Abastecimento da Petrobras investirá R$ 3 milhões na aquisição de um tubo capaz de cobrir distâncias de até um quilômetro, que será usado para bombear combustíveis para a Estação Antártica Comandante Ferraz, operada pela Marinha do Brasil na área do Pólo Sul.
O novo sistema de captação de combustíveis da base funcionará por meio do acionamento de um carretel de tubo flexível retrátil, com cerca de mil metros de comprimento, instalado em terra. A tubulação será conectada ao navio que levará o combustível e, dessa forma, evitará vazamentos com o potencial de produzir desastres ambientais.
Até agora a dinâmica de descarga de combustíveis era feita através da movimentação de balsas entre o navio provedor e a Estação Comandante Ferraz. Marinha e Petrobras pesquisarão a viabilidade de a base na Antártica ser abastecida com biocombustíveis, em substituição ao diesel mineral usado hoje.
Desde a criação do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), em 1982, a Petrobras vem oferecendo diversos combustíveis (diesel naval, gasóleo ártico, gasolina, QAV-% e QAC-1) para atender às atividades relacionadas ao programa. Os combustíveis são armazenados em dez tanques de aço inoxidável existentes no perímetro da Estação Comandante Ferraz.
Depois dos UAVs, robótica agora levará à guerra os UUVs
segunda-feira, janeiro 11, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Vinte anos depois do surgimento das aeronaves operadas por controle remoto (UAV na sigla americana) – que agora, além de transportarem câmeras, já disparam até mísseis de alta precisão -- a robótica inaugura um novo espaço na ciência militar: o dos chamados submarinos autônomos, ou veículos submarinos não-tripulados – os Unmanned Undersea Vehicles (UUV).
Eles foram concebidos para reunir informações de inteligência militar em águas costeiras e portos, mas não está afastada a possibilidade de que, no futuro, possam disparar torpedos ou mísseis, em missões de ataque que não precisarão expor uma tripulação de seres humanos – como já acontece no caso do bombardeio aéreo.
Em novembro passado, o Escritório de Pesquisa Naval da Marinha dos Estados Unidos fechou contrato no valor de 2,5 milhões de dólares com a empresa Science Applications International Corp, para o desenvolvimento e a construção de um protótipo de UUV que possa, inclusive, transportar e lançar UUVs menores.
Pequenos UUVs já podem ser lançados em águas hostis por submarinos tripulados, mas a Marinha americana acredita que um veículo submarino autônomo poderia cumprir essa missão, sem o risco de exposição de um submarino nuclear.
Em 2008 um grupo de elite da Marinha britânica foi capturado no litoral do Irã, quando fazia levantamentos costeiros clandestinos. Houve a necessidade de uma longa e difícil negociação diplomática, para que eles pudessem escapar a uma sentença de prisão perpétua e voltar à Grã-Bretanha.