Peixes-robô vão para a água em quatro meses
quarta-feira, setembro 30, 2009 | Author: Blog da redação
Roberto Lopes

Cinco peixes-robôs em formato de carpa serão lançados ao mar em janeiro, perto do porto de Gijón, no norte da Espanha. A informação foi confirmada por um porta-voz da empresa de eletrônica BMT Group, responsável pela engenharia do modelo - que tem o apoio de uma equipe de pesquisadores marinhos da Universidade de Essex, na Inglaterra.
O engenho tem a missão de transmitir dados acerca dos índices de poluição em áreas costeiras. As informações serão coletadas por sensores químicos instalados nos robôs, e transmitidas para instalações de monitoramento - em terra e a bordo de navios – através de um sistema de rede do tipo Wi-Fi (sem fio).
A meta prioritária é detetar prejuízos ao ambiente marinho derivados de vazamentos em embarcações e oleodutos submarinos. Se esse primeiro teste for bem sucedido, os cientistas de Essex acreditam que os robôs venham a ser utilizados também para realizar investigações ambientais em rios e lagos.
Os robôs em formato de carpa custam cerca de 62 mil reais cada um (aproximadamente 20 mil libras), e medem 1,5 m de comprimento. Seu deslocamento, impulsionado por baterias elétricas, imita o movimento de peixes reais.
Os peixes-robôs da Essex são uma evolução sobre outros modelos desse gênero, que eram comandados por controle remoto.
Além disso, o design em forma de peixe parece conferir a esses robôs uma eficiência bem superior à dos conhecidos mini-submarinos – especialmente em termos de consumo de energia. Essa performance é indispensável para garantir que os sensores de deteção de poluentes possam navegar – e operar - por mais tempo.
Plantas que comem pequenos ratos podem ser úteis
quinta-feira, setembro 24, 2009 | Author: Blog da redação
Roberto Lopes

Botânicos e ambientalistas da Tailândia tentarão, a partir do ano que vem, transferir exemplares da planta carnívora Nepenthes attenboroughi, encontrada nas encostas do Monte Vitória – região central do país -, para regiões de cultivo de alimentos habitualmente atacadas por insetos.
O plano é testar se a espécie, fotografada e relatada por três pesquisadores europeus há cerca de dois anos, pode servir como predadora natural.
Batizada em homenagem ao veterano apresentador inglês de programas sobre o meio ambiente, David Attenborough, a Nepenthes attenboroughi tem a forma de um cone em cores vivas, e chega a medir 1,5 m de altura. Ela devora suas presas valendo-se de um sistema digestivo à base de ácidos, que destrói os corpos vivos engolidos.
Os primeiros relatos sobre essa planta foram feitos por dois missionários que, em 2000, tentaram escalar o Monte Vitória, e passaram 13 dias perdidos na região. Então, em 2007, dois britânicos e um alemão formaram uma expedição científica ao centro da Tailândia. A descoberta da grande planta aconteceu a cerca de 1,6 mil metros de altitude, entre pedregulhos.
“A espécie está entre as maiores plantas carnívoras conhecidas e produz armadilhas espetaculares, capazes de aprisionar não apenas insetos, mas também roedores do tamanho de ratos", afirmou o cientista Stewart McPherson, um dos integrantes da missão.
O feito foi divulgado na publicação especializada Botanical Journal of the Linnean Society. Os cientistas também catalogaram outras espécies até então desconhecidas, como cogumelos azuis e samambaias rosas.