A ordem dos tratores altera o meio ambiente
sexta-feira, abril 17, 2009 | Author: Blog da redação
Por Michael Nuñez

De fato, o desenvolvimento urbano continua fazendo vítimas, principalmente nas grandes cidades. No início do mês, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) multou a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) em R$ 282,5 mil. Motivo: recolher, sem autorização, animais da fauna silvestre durante as obras do Trecho Sul do Rodoanel. Segundo a matéria publicada no jornal "O Estado de S. Paulo", 105 animais que habitavam áreas da obra, em região de mata atlântica, morreram depois de passar pelo manejo de técnicos da empresa ligada ao governo estadual e responsável pelo empreendimento.

Em primeiro lugar, gostaria de falar sobre o trabalho realizado pelo Ibama, que, ao que me consta, é responsável por “cuidar” do meio ambiente não só em São Paulo, mas em todo o território nacional.

Não me resta dúvida que alguém tem que pagar a conta pelos danos causados à natureza. Mas algumas pulgas me vêm à orelha: será que o Ibama não sabia que a passagem do Rodoanel iria trazer algum tipo de prejuízo ao meio ambiente da região? Então, porque, em vez de multar, o órgão do governo não acompanhou o caminhar dos tratores desde o início das obras? Talvez assim conseguissem evitar o massacre de milhares de espécies ameaçadas de extinção, como: aves, animais silvestres, peixes, entre tantas outras.

Como a palavra “prevenir” jamais fez parte do vocabulário “ambiental” brasileiro, o melhor que o Ibama pode fazer é multar, já que emitir um simples boleto dá muito menos trabalho do que andar no meio do mato, acompanhando os “bandeirantes da era moderna” desbravando, ou seja, destruindo quilômetros e quilômetros de mata nativa.

Outro fato triste, para não dizer cômico, dessa história é o valor da multa aplicada. Mais pulgas: desde quando o Rodonel vem sendo construído? Será que morreram apenas 105 animais desde o início das obras?

Para quem não sabe, o novo sistema rodoviário paulista começou a ser construído em 1998. Até o momento, 92 km de pistas de concreto simplesmente “atropelaram” reservas florestais, mananciais, rios, lagos e outros tantos habitats naturais.

A última pulga: será que a multa de R$ 282.500,00 paga a conta com a mãe natureza?

Semana que vem tem mais!
Cadê a onça?
sexta-feira, abril 03, 2009 | Author: Blog da redação
Por Michael Nuñez

Uns mais outros menos. Todos estão correndo e vivendo em função do tal “dinheiro”. Seja para pagar uma simples conta de luz ou para comprar um luxuoso carro, todos precisam “dele”. Mas o que poucos se dão conta é que as “espécies” que correm soltas na Terra não representam fielmente a quantidade de dinheiro que os habitantes do nosso planeta têm guardado em suas respectivas contas correntes, poupanças, previdências privadas e os famosos papéis em Bolsa de Valores.

Se todas as pessoas do mundo forem ao banco no mesmo dia e tentarem retirar tudo o que têm, contando as moedas, não haverá ecossistema bancário que resista. A vaca vai pro brejo. Esse é um dos alertas que a matéria “Dinheiro, Potência Mundial” publicada na edição número 1 da Revista GEO, faz.

A busca pelo dinheiro ultrapassou todos os limites. Nos Estados Unidos, milionários investiram parte de sua fortuna em “pirâmides”. Resultado: ficaram com cara de “esfinge” depois que viram o resultado final da brincadeira. Aqui no Brasil, a fé se tornou o caminho mais fácil para enriquecer. Pessoas venderam seus bens, fundaram uma igreja e a transformaram num banco de Deus, onde os fiéis depositam seus dízimos com o afã de garantir uma boa aposentadoria espiritual. Aliás, em muitos casos, as casas Dele têm estoques de dinheiro maiores do que muitos bancos por aí. Porém, há de se ter o devido cuidado ao embarcar com uma mala recheada de dízimos com destino ao exterior, para não ver o sol do primeiro mundo nascer quadrado.

Segundo a mesma reportagem, as primeiras divisas surgiram há 2.500 anos. Na antiguidade, povos de todas as raças viveram muito bem sem essa “espécie”. Cabeças de gado, sementes de cacau e até mesmo escravos foram usados como moedas. Mas o bom disso tudo é que você podia ver o que estava trocando. Se trocasse um gado por um cavalo, você conseguia ao menos ver os dentes dele.

Muito diferente disso, hoje, o nosso salário vai direto para o banco. Você sabe que tem certa quantia para gastar, mas não sabe quantas “espécies” isso representa. Para comprar uma televisão, por exemplo, usa um pedaço de plástico chamado “cartão”. Vai ao supermercado, usa o cartão. Tudo se paga com o tal do cartão. Porém, quando termina o mês é que nos damos conta que a recompensa de nosso glorioso trabalho acaba sem que tenhamos visto pelo menos a cor de uma onça (nota de R$ 50,00).

Falando nisso, vou dar uma passadinha no banco pra pegar uma “oncinha” antes que ela entre em extinção.

Semana que vem tem mais!