Mais revelações sobre o cardápio do homem pré-histórico
quarta-feira, janeiro 27, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A recente descoberta do arqueólogo americano Patrick McGovern, de que há cerca de 9 mil anos – muito antes, portanto, da invenção da roda -- os habitantes do vilarejo neolítico de Jiahu, na China, fermentavam um tipo de bebida com 10% de teor alcoólico, joga luz nova sobre a investigação do cardápio do homem pré-histórico.
Em seu Laboratório de Arqueologia Biomolecular para Cozinha, Bebidas Fermentadas e Saúde, no Museu da Universidade da Pensilvânia, McGovern analisou artefatos de argila encontrados durante escavações no vale do Rio Amarelo na China
Especialista em identificar traços de bebidas alcoólicas em descobertas pré-históricas, ele realizou a chamada cromatografia líquida associada com a espectrometria de massa nos restos de argila da Ásia, e encontrou traços de ácido tartárico – um dos muitos ácidos presentes no vinho – e cera de abelha nos pedaços de argila. Parece que os humanos pré-históricos da China combinavam frutas e mel para produzir uma bebida intoxicante.
Esteróis de plantas mostram que o arroz selvagem também era usado como ingrediente. Sem nenhum conhecimento de química, os humanos pré-históricos aparentemente misturavam punhados de arroz à saliva da boca para quebrar o amido dos grãos, e, dessa forma, transformar o cereal em açúcar maltado.
Eles, então, cuspiam o arroz mastigado na bebida. Cascas e espuma fermentada flutuavam no líquido, que era sorvido do interior de jarras de abertura estreita, por meio de longos canudos. O álcool ainda é consumido desta forma em algumas regiões da China.
A alimentação da era pré-agricultura era rica em frutas, legumes, raízes, nozes, peixes e carnes de caça. Ela supria o organismo de grandes quantidades de gordura ômega-3, vitaminas, minerais e fitoquímicos (substâncias naturalmente presentes nos vegetais, que servem à prevenção de determinadas doenças).
O cardápio do período – entre 9 mil e 12 mil anos atrás -- era também riquíssimo em fibras, fornecendo cerca de 100g por dia (a recomendação atual é de 20 a 35g diárias). O consumo desses nutrientes ajuda no controle do peso, do colesterol sanguíneo e do diabetes, além da prevenir doenças cardiovasculares e de diversos tipos de câncer.
Tubo de 1 km evitará desastre em estação brasileira na Antártica
quinta-feira, janeiro 21, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A Diretoria de Abastecimento da Petrobras investirá R$ 3 milhões na aquisição de um tubo capaz de cobrir distâncias de até um quilômetro, que será usado para bombear combustíveis para a Estação Antártica Comandante Ferraz, operada pela Marinha do Brasil na área do Pólo Sul.
O novo sistema de captação de combustíveis da base funcionará por meio do acionamento de um carretel de tubo flexível retrátil, com cerca de mil metros de comprimento, instalado em terra. A tubulação será conectada ao navio que levará o combustível e, dessa forma, evitará vazamentos com o potencial de produzir desastres ambientais.
Até agora a dinâmica de descarga de combustíveis era feita através da movimentação de balsas entre o navio provedor e a Estação Comandante Ferraz. Marinha e Petrobras pesquisarão a viabilidade de a base na Antártica ser abastecida com biocombustíveis, em substituição ao diesel mineral usado hoje.
Desde a criação do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), em 1982, a Petrobras vem oferecendo diversos combustíveis (diesel naval, gasóleo ártico, gasolina, QAV-% e QAC-1) para atender às atividades relacionadas ao programa. Os combustíveis são armazenados em dez tanques de aço inoxidável existentes no perímetro da Estação Comandante Ferraz.
Depois dos UAVs, robótica agora levará à guerra os UUVs
segunda-feira, janeiro 11, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Vinte anos depois do surgimento das aeronaves operadas por controle remoto (UAV na sigla americana) – que agora, além de transportarem câmeras, já disparam até mísseis de alta precisão -- a robótica inaugura um novo espaço na ciência militar: o dos chamados submarinos autônomos, ou veículos submarinos não-tripulados – os Unmanned Undersea Vehicles (UUV).
Eles foram concebidos para reunir informações de inteligência militar em águas costeiras e portos, mas não está afastada a possibilidade de que, no futuro, possam disparar torpedos ou mísseis, em missões de ataque que não precisarão expor uma tripulação de seres humanos – como já acontece no caso do bombardeio aéreo.
Em novembro passado, o Escritório de Pesquisa Naval da Marinha dos Estados Unidos fechou contrato no valor de 2,5 milhões de dólares com a empresa Science Applications International Corp, para o desenvolvimento e a construção de um protótipo de UUV que possa, inclusive, transportar e lançar UUVs menores.
Pequenos UUVs já podem ser lançados em águas hostis por submarinos tripulados, mas a Marinha americana acredita que um veículo submarino autônomo poderia cumprir essa missão, sem o risco de exposição de um submarino nuclear.
Em 2008 um grupo de elite da Marinha britânica foi capturado no litoral do Irã, quando fazia levantamentos costeiros clandestinos. Houve a necessidade de uma longa e difícil negociação diplomática, para que eles pudessem escapar a uma sentença de prisão perpétua e voltar à Grã-Bretanha.