Preservacionistas alertam contra consumo exagerado
segunda-feira, junho 28, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A Organização Não-Governamental WorldWatch divulga no Brasil, a partir desta quarta-feira, no site da ONG Instituto Akatu (www.akatu.org.br), a versão em português da pesquisa “Estado do Mundo”, referente aos hábitos de consumo mundiais e sua influência negativa sobre o desenvolvimento sustentável.
As conclusões do estudo alertam para uma onda de gastança desenfreada que, tanto do ponto de vista do ritmo de consumo de alimentos, quanto sob o aspecto do uso exagerado da energia, representam importante ameaça a todos os esforços que visam garantir um desenvolvimento sustentado.
O documento “Estado do Mundo” alerta para o fato de que somente a população dos Estados Unidos, equivalente a 5% da população mundial, pode ser apontada por mais de 30% de todo o consumo mundial. E que tal fluxo de compras e dispêndios não deve ser copiado.
A pesquisa desenha também uma hipótese: caso a população global se lançasse às compras e ao consumo de bens de entretenimento com a voracidade dos americanos, os recursos naturais do planeta não seriam suficientes para aplacar a cobiça de mais do que 1,4 bilhão de pessoas. O problema é que hoje o planeta já possui 7 bilhões de habitantes. E até 2050 esse número deverá alcançar os 9 bilhões.
O Akatu – nome da língua nativa Tupi que significa “semente boa” (ou “mundo melhor”) -- é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 2000, que tenta mobilizar a sociedade brasileira para um consumo mais consciente – de menos desperdícios, utilização de papel reciclado e reuso da água, entre outras práticas consideradas indispensáveis ao equilíbrio entre a vida humana e o meio-ambiente.
Plástico Verde made in Brazil seduz Primeiro Mundo
quinta-feira, junho 24, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Autoridades dos setores industrial, de meio-ambiente e de energia do governo holandês ofereceram ao grupo petroquímico brasileiro Braskem uma área nas cercanias da Região Metropolitana de Rotterdam, para a construção de uma fábrica de “Plástico Verde” semelhante à que a empresa começará a operar, no próximo semestre, no município gaúcho de Triunfo.
Até meados de 2015, a Braskem produzirá 200 mil toneladas anuais de artefatos à base de “Plástico Verde”, produzidos com o etanol industrial fornecido por usinas do setor sucroalcooleiro de São Paulo.
Há exatos quatro anos a Braskem anunciou a fabricação do primeiro polietileno a partir do etanol de cana-de-açúcar coberto por certificação internacional. A tecnologia para o produto fora desenvolvida no Centro de Tecnologia e Inovação da empresa. A certificação foi feita por um dos principais laboratórios internacionais, o Beta Analytic, e atestava: o chamado “Plástico Verde” contém 100% de matéria-prima renovável.
O polímero verde da Braskem - polietileno de alta densidade, uma das resinas mais utilizadas em embalagens flexíveis - é resultado de um projeto de pesquisa e desenvolvimento que exigiu cerca de US$ 5 milhões em investimentos.
Parte desse montante foi destinada à implantação de uma unidade-piloto para produção de eteno – base para fabricação do polietileno -- a partir de matérias-primas renováveis pesquisadas no Centro de Tecnologia e Inovação Braskem.
A produção de plásticos a partir do etanol se destina a suprir os mercados internacionais que exigem produtos com desempenho e qualidade superiores, com destaque para a indústria automobilística, de embalagens alimentícias, cosméticos e artigos de higiene pessoal.
Importante: como as resinas têm o mesmo desempenho e propriedades do produto similar obtido a partir de matéria-prima não renovável, a indústria de manufaturados plásticos deverá beneficiar-se desse desenvolvimento sem a necessidade de fazer investimentos em novos equipamentos.
Contrabando de marfim africano para o Sudeste Asiático aumenta
quarta-feira, junho 09, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A Interpol – Polícia Criminal Internacional – e a Europol – Polícia da União Européia – pedirão a ajuda do Conselho Executivo da União Africana para combater de forma mais eficiente o contrabando das presas de marfim de elefantes africanos.
Há um mês, autoridades alfandegárias da República do Vietname apreenderam duas toneladas desse marfim que estavam escondidas em um barco procedente do Quênia. A carga, armazenada em um contêiner e recoberta por algas secas, foi descoberta no porto de Doan Xa, a uns 100 km a leste da capital Hanói, no norte do país. Seu destino final era o porto de Hong-Kong.
Foi a segunda apreensão do gênero em dois meses. Em março, inspetores aduaneiros da cidade vietnamita de Haiphong já haviam confiscado outras sete toneladas de dentes de elefante originárias da Tanzânia.
A presa de um elefante africano pode chegar a ter 3 metros de comprimento – e a pesar 90 quilos. O marfim é valioso para a confecção de jóias, teclas de piano, bolas de bilhar e peças e tabuleiros de xadrez.
A Interpol já não tem dúvidas de que o contrabando é administrado por gangues asiáticas controladas por organizações criminosas da China e do Japão. Esses “importadores” teriam firmado um acordo de salvaguarda para os seus transportes clandestinos junto aos piratas que agem na costa oriental da África.
A Interpol e a polícia europeia querem mais apoio dos governos africanos, mas observam que apesar de criado em julho de 2001, o Comitê de Paz e Segurança da Organização da Unidade Africana até hoje não iniciou os seus trabalhos de rotina. Com isso, uma articulação global com as estruturas policiais da África Negra ficou muito mais difícil.
Em 2014, um motor de avião a jato ‘politicamente correto’
quarta-feira, junho 02, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Um motor de avião a jato menos barulhento, mais econômico e menos poluente. Sonho? Os técnicos da empresa americana Pratt & Whitney garantem que não.
Até 2014, centenas de jatos de passageiros de porte médio já devem estar decolando movidos pelo PW1000G, da P & W, cujo projeto inovador vem sendo apontado como capaz de representar um marco na história da aviação comercial.
Na atualidade, o panorama do transporte aéreo reflete um tenso jogo de pressões, em que dirigentes de companhias aéreas buscam aviões mais econômicos – no consumo de combustível e na manutenção --, que sejam, ao mesmo tempo, menos barulhentos e menos poluentes. Uma forma segura de viabilizar a redução de seus custos.
No projeto do PW1000G, o grande diferencial é uma caixa de redução que permite ao turbofan (o grande ventilador do coração do sistema de impulsão da aeronave) operar a uma velocidade menor, elevando a circulação interna de ar dentro do motor. O sistema, considerado mais avançado do que o dos motores atuais, melhora a eficiência do avião, assegura a Pratt & Whitney.
De acordo com as mesmas informações, no PW1000G a queima de combustível é 12% a 15% menor do que a verificada nos motores atuais – funcionamento que deverá gerar uma economia de 1 milhão de dólares/ano. Além disso, o volume de emissões de partículas poluentes pode ser reduzido em 3 mil toneladas anuais – equivalente ao plantio de 700 mil árvores.
Finalmente há o problema da redução de ruído, que afeta tanto os passageiros a bordo com as pessoas em terra. A P & W garante que no PW1000G, essa diminuição é de 50% a 75%, ou seja, entre 15 decibéis e 20 decibéis a menos do que o barulho produzido por um avião normal, que fica ao redor dos 130 decibéis.