Projeto quer descobrir novos planetas em irmãs gêmeas do Sol
quarta-feira, dezembro 12, 2012 | Author: Blog da redação

Por Da Redação - agenusp@usp.br
Em colaboração com a Assessoria de Comunicação do Instituto de Física de São Carlos
Uma equipe de cientistas da USP, liderada pelo professor Jorge Meléndez, astrônomo do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) está à frente de um projeto que tentará descobrir novos planetas “perto” da Terra em torno de estrelas similares ao Sol. A iniciativa conta ainda com a participação de pesquisadores dos Estados Unidos, Alemanha e Austrália: o intuito é, durante 88 noites, a partir de um telescópio localizado no Chile e pertencente ao European Southern Observatory (ESO), descobrir novos planetas localizados a uma distância de 50-300 anos-luz. No projeto já foram encontrados dois candidatos a planeta a uns 110 anos-luz da Terra (cerca de 1000 trilhões de quilômetros).
“Esta pesquisa iniciou-se em 2005, quando a equipe analisou estrelas conhecidas como gêmeas solares, nome que foi dado por elas apresentarem características semelhantes ao Sol, já que possuem brilho, temperatura e aparência físicas parecidas com o nosso astro-rei”, conta Meléndez.

Telescópio localizado no Chile e pertencente ao European Southern Observatory (ESO)
Em 2009, os cientistas descobriram que a composição química do Sol era diferente da de outras estrelas gêmeas e, ao aprofundar os estudos, notaram que o Sol apresentava deficiência de determinados elementos químicos, sendo que esses elementos são justamente aqueles usados para formar planetas rochosos.
A missão seguinte dos astrônomos foi calcular quanto desse material faltava à massa total do Sol e a conclusão foi que a deficiência constatada nessa estrela era da mesma ordem que a massa dos planetas rochosos do Sistema Solar, como Mercúrio, Terra, Vênus e Marte. ”Não foi apenas uma coincidência qualitativa em relação ao tipo de elemento químico que estava faltando ao Sol, mas também quantitativa”, afirma o professor do IAG.
Com base nessa descoberta, os pesquisadores passaram a procurar planetas ainda não conhecidos e que, eventualmente, possam estar em torno das tais gêmeas solares, estudando qual seria a relação entre as anomalias químicas de cada estrela, individualmente, e a presença de diferentes tipos de planetas.
Observações ampliadas
A continuação da pesquisa teve como foco uma dessas gêmeas, aquela que para todos os efeitos era a mais parecida com o Sol, mas não foi detectado nenhum planeta próximo dela; em outubro do ano passado, os cientistas ampliaram a observação das gêmeas do Sol para uma amostra de setenta estrelas, procurando por novos planetas.
“Não havia uma estimativa exata de quantos planetas poderiam ser descobertos nas gêmeas solares, o certo é que, em face deste conjunto de observações, as chances de descoberta são muitos boas, até devido ao fato de o instrumento que está sendo utilizado ter uma precisão extraordinariamente boa [é o melhor do mundo], o que pode permitir, inclusive, a detecção de planetas com dimensões reduzidas, apenas 50% maiores do que a Terra.”
Mas, qual é a importância para o Brasil em liderar estes estudos? Na opinião do professor Luiz Vitor de Souza Filho, docente do Grupo de Física Computacional e Instrumentação Aplicada do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, cuja área de pesquisa é Astrofísica de Partículas, o IAG tem uma grande tradição na área de análises de dados em observatórios, sendo que nos últimos cinco anos o Instituto se fortaleceu, principalmente em recursos humanos altamente capacitados, em função dos dois observatórios que o Brasil construiu no Chile — O Gemini e o SOAR —, o que se traduziu num crescimento muito grande nas pesquisas efetuadas.
Sobre a importância de se buscar novos planetas que ficam a 110 anos-luz da Terra, o professor Souza Filho explica que, estejam eles a que distância estiverem, é sempre importante encontrar planetas que possam ter condições de gerar vida. “Quanto mais pudermos avançar nessa busca, maior é a chance de encontrarmos novos planetas e a finalidade é entender, por meio dessas eventuais descobertas, quais são as condições que deram origem à nossa vida, à vida na Terra; quais são as condições específicas que fazem um planeta gerar vida”, acredita. “Sabemos da existência de algumas destas condições, como a água, por exemplo, e de outros elementos que podem originar vida, mas quanto mais sistemas solares (estrelas e planetas) você conseguir estudar, maior será a chance de se entender quais são os parâmetros que dão origem à vida.”

Grafico da distribuicao de distâncias
Para Souza Filho, a distância de 110 anos-luz é considerada curta, como se aquilo que procuramos estivesse na nossa vizinhança — que chamamos de “Universo Local”; mas essa distância é extremamente longa quando a medimos relativamente ao nosso sistema solar. “Acredito que este projeto que está sendo liderado pelo professor Meléndez poderá facultar a descoberta de muitos planetas. Há grandes possibilidades de sucesso com a utilização deste tipo de telescópio de 3,6m do ESO, e outros telescópios como o VLT – Very Large Telescope, de 8m, havendo já a intenção de se construir outro denominado E-ELT – European Extremely Large Telescope, ainda mais potente”, avalia.
O Brasil está tentando ser membro do ESO, embora ele seja estritamente dedicado aos países europeus. Apesar disso, o País já se candidatou a um lugar nessa organização e essa é uma discussão que está em pauta junto da comunidade científica brasileira, já que o preço para essa inclusão é muito elevado, na ordem dos milhões de dólares, mas relativemente pequeno considerando a descoberta de novos mundos pelo Brasil e o impacto que esse tipo de descoberta terá para alavancar o ensino de ciências no País.
Este projeto liderado pela USP está sendo financiado pelo próprio ESO, sendo que o mesmo se prolongará até 2015. “No entanto o projeto corre o risco de ser interrompido pois até agora o Brasil não confirmou a sua associação ao ESO, que depende da aprovação pelo congresso e está pendente desde dezembro de 2010″, avisa Meléndez.
A expectativa é que durante os próximos meses de Janeiro e Março de 2013, quando os cientistas embarcarem novamente para o Chile, haja a hipótese de se obterem dados para confirmar definitivamente o planeta, mas o anúncio da primeira descoberta de um planeta em torno de uma gêmea do Sol poderá levar ainda mais alguns meses, pois é necessário ter suficientes dados para caraterizar as orbitas e as propriedades dos planetas.
Foto do ESO: by MercopressGráfico de distâncias: Jorge Meléndez
Estudo analisa atividade cerebral de médiuns na psicografia
terça-feira, novembro 27, 2012 | Author: Blog da redação
Por Da Redação - agenusp@usp.br

Julieta Magalhães, da Assessoria de Comunicação do Instituto de Psiquiatria
Uma pesquisa mundial envolvendo neuroimagem analisou o fluxo sanguíneo cerebral de médiuns brasileiros durante a prática da psicografia (em que “um espírito escreve através da mão do médium”). O estudo revelou resultados intrigantes quanto a menor atividade cerebral durante o estado dissociativo mediúnico e concomitante geração de complexos conteúdos escritos.

A avaliação neurocientífica revelou dados interessantes sobre estados mediúnicos
trabalho foi realizado por pesquisadores do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais, da Universidade da Pensilvânia e da Universidade Thomas Jefferson, ambas nos Estados Unidos.
A pesquisa Neuroimagem durante o estado de transe: uma contribuição ao estudo da dissociação, foi publicada no dia 16 de novembro na PLOS ONE, renomado periódico científico de acesso público gratuito. O artigo está disponível neste link.  O estudo envolveu dez médiuns brasileiros com 15 a 47 anos de experiência mediúnica e aproximadamente 18 psicografias por mês, destros e com plena saúde mental.
Os participantes receberam um marcador radioativo para captar a atividade cerebral durante a escrita normal e durante a prática da psicografia em estado de transe. Os médiuns foram escaneados usando SPECT (tomografia computadorizada com emissão de fóton único) para destacar as áreas do cérebro que são ativas e inativas durante as respectivas tarefas.
Os pesquisadores observaram que, durante a psicografia, os médiuns experientes apresentaram níveis mais baixos de atividade nas áreas do cérebro associadas ao planejamento, raciocínio, geração de linguagem e solução de problemas (hipocampo esquerdo/sistema límbico, giro temporal superior direito e as regiões do lobo frontal do cingulado anterior esquerdo e giro direito precentral) em relação a escrita normal (sem transe mediúnico).
Os autores consideram que as áreas hipo-ativadas possivelmente refletiram a ausência de consciência durante a psicografia. Os médiuns menos experientes mostraram o oposto: aumento do fluxo sanguíneo cerebral nas mesmas áreas cerebrais durante a psicografia em comparação à escrita normal. A diferença foi significativa em comparação com os psicógrafos experientes. Este achado pode estar relacionado com a tentativa mais esforçada dos menos experientes na prática da psicografia.
As amostras de escrita produzidas foram analisadas e verificou-se que os textos psicografados foram mais complexos que os conteúdos produzidos no estado normal de vigília. Os conteúdos gerados durante as psicografias envolveram princípios éticos e espirituais e a importância da união entre ciência e espiritualidade. Em particular, os médiuns mais experientes apresentaram escores significativamente mais elevados de complexidade, o que normalmente exigiria mais atividade nos lobos frontais e temporais, e este não foi o caso. As áreas relacionadas ao planejamento mostraram menor atividade.
Expressão literária mediúnica
Várias hipóteses foram consideradas, uma delas é que como a atividade do lobo frontal diminui, as áreas do cérebro relacionadas à criatividade estão mais desinibidas (o que ocorre com o uso de álcool ou de drogas). De uma maneira semelhante, o desempenho da meditação e da improvisação musical estão associados com níveis mais baixos de atividade cerebral, que pode favorecer o relaxamento e a criatividade respectivamente. Porém, é importante notar que o consumo de álcool ou drogas, a meditação e a improvisação musical são estados bastante peculiares e distintos da psicografia. Portanto, não comparáveis diretamente com a expressão literária mediúnica. Os médiuns referem que “a autoria dos textos psicografados foi dos espíritos comunicantes e não pode ser atribuída a seus próprios cérebros” sendo assim esta hipótese plausível.
Segundo o primeiro autor do estudo, o psicólogo clínico e pesquisador do Programa Saúde, Espiritualidade e Religiosidade do IPq, Julio Peres, embora o motivo exato dos presentes resultados não seja conclusivo neste momento, esta primeira avaliação neurocientífica fornece dados interessantes sobre estados dissociativos mediúnicos alinhados a compreensão da mente e sua relação com o cérebro, e estes achados merecem futuras investigações, tanto em termos de replicação e hipóteses explicativas. Peres é doutor em Neurociências e Comportamento pelo Instituto de Psicologia (IP) da USP.
Imagem: sxc.hu
Mais informações:  (11) 2661-7801, com Julieta Magalhães, na Assessoria de Imprensa do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP
Sistema projeta fenômenos naturais em uma esfera
terça-feira, novembro 13, 2012 | Author: Blog da redação

Por Da Redação - agenusp@usp.br
Modelo gráfico pode representar desde correntes marítimas até um pouso em Marte
Com um toque em seu aplicativo para iPhone ou um controle de Nintendo Wii, o diretor do Instituto Oceanográfico (IO) da USP, Michel Mahiques, faz começarem a girar projeções em um gigantesco globo de policarbonato, posicionado no centro de uma sala escura e recebendo imagens de quatro equipamentos localizados nos cantos da sala. As animações mostram como será o degelo na Terra até o ano de 2100, mas podem ser modificadas caso o professor vá até o computador e coloque outro modelo gráfico, como a movimentação das correntes marítimas, a temperatura dos oceanos ou da propagação das ondas do tsunami que atingiu o Japão em 2011. E não são só os assuntos “oceanográficos” que têm espaço. Os modelos podem representar explosões solares, pousos em Marte, locais de biodiversidade e até mesmo a migração de tartarugas marcadas com chips no Pacífico.
O sistema Science on a Sphere, responsável pelas animações, está desde abril de 2012 no Museu Oceanográfico, no IO. Desenvolvido pela Agência Americana de Oceanos e Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês), o globo é o primeiro do hemisfério sul e recebe atualizações diárias das bases de dados da Agência, que têm representações visuais. “Ao invés de projetá-las em uma superfície plana, as imagens vão para uma superfície que se assemelha ao formato do planeta”, explica a aparente simplicidade do que é, na verdade, o segredo do impacto visual gerado pelo sistema.
Graduação e pesquisa
A esfera, segundo Mahiques, além da aplicação para o próprio museu, pode ser utilizada para o ensino em nível de graduação. “Nós temos professores que hoje já ministram aulas na sala escura se utilizando das informações projetadas na esfera. Com isso, os alunos percebem melhor, por exemplo, as conexões que acontecem entre os oceanos”, aponta. Além disso, pesquisadores do IO já criaram seus primeiros modelos matemáticos próprios, a exemplo das bases enviadas pelo NOAA, para serem representados na esfera.
Pela diversidade de animações possíveis, a esfera tem potencial, também, para uso por outras unidades, como o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) ou o Instituto de Geociências (IGc) da USP. “As unidades podem utilizá-la tanto para estudar as bases de dados existentes quanto para criar seus próprios modelos”, comenta o professor. No momento, entretanto, o uso ainda é limitado. “Mas nós estamos sempre abertos. As unidades que quiserem, podem fazer uso do sistema”, ressalta.
Crianças que vão ao Museu Oceanográfio e vêem essas animações ficam impressionadas
Extensão
Um dos principais usos da esfera atualmente são as visitas promovidas por colégios e outras instituições de ensino. Pensando nisso, os monitores do Museu já têm animações pré-definidas para que os alunos vejam. “Nós falamos principalmente de mudanças climáticas, que é um assunto importante e atual”, diz o professor. “As crianças vêem essas animações e ficam impressionadas”.
Uma outra possibilidade cogitada pelo IO, segundo o professor, é disponibilizar o globo para professores de colégios, que poderiam utilizá-las para dar aulas específicas para seus alunos, como do movimento de placas tectônicas.
Além das animações, o sistema também apresenta narrações explicativas conforme as imagens aparecem na esfera. O problema, entretanto, é que as bases de dados são americanas e as narrações são em inglês. Mas o IO pretende realizar a tradução destes textos para o português. “É trabalhoso realizar a tradução de cerca de 500 textos e depois narrá-los, mas é possível fazer, então é um passo que nós poderemos dar”, declara.
Imagens Marcos Santos / USP Imagens
Mais informações:  (11) 3091-6609 ou email mahiques@usp.br, com o Michel Mahiques
Transporte mais eficiente é obtido por redes inteligentes
sexta-feira, outubro 26, 2012 | Author: Blog da redação

Por Da Redação - agenusp@usp.br
Da Assessoria de Comunicação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC)
Informações sobre tráfego, estradas e distância de veículos são coletadas.
Os avanços em tecnologia da informação e comunicação permitiram a criação de um sistema de transporte inteligente (ITS) que possibilita fabricantes a equiparem veículos com computador de bordo, dispositivos de comunicação sem fio, sensores e sistemas de navegação. Por meio de diferentes sensores (como para detecção de condições da estrada, meteorológicas, estado do veículo, radar e outros), câmeras, computadores e recursos de comunicação, os automóveis podem recolher e interpretar informações com o propósito de ajudar o motorista a tomar decisões.
Os estudos estão sendo feitos no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, pelo pós-doutorando Leandro Villas.
As aplicações potenciais permitem a coleta de informações em tempo real sobre o tráfego, as condições das estradas, a proximidade de outros veículos, entre outras. Esses dados são capturados por um grande número de sensores que ficam a bordo dos veículos e nas estradas, podendo ser transmitidos para outros automóveis ou infraestrutura rodoviária. Nesse contexto, indústria e academia buscam desenvolver padrões e protótipos para redes veiculares.
As chamadas Redes Ad Hoc Veiculares (VANETs) fazem parte dos futuros Sistemas Inteligentes de Transporte Terrestre e compreendem a integração e comunicação entre sensores, veículos e componentes fixos de beira de pista (roteadores, gateways e serviços). As VANETs são um tipo especial de Redes Ad hoc Móveis (MANETs), em que veículos equipados com capacidade de processamento e de comunicação sem fio criam uma rede espontânea ao estarem em movimento na pista.
O pesquisador Leandro Villas, formado em Ciências da Computação, também ligado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC) desenvolve pesquisa nessa área sobre o tema Disseminação de Dados na Próxima Geração de Redes Veiculares Inteligentes.
Aplicações
Ele explica que VANET é uma parte importante dos sistema de transporte inteligente (ITS) e tem enorme potencial de aplicações e valor comercial. “Por exemplo, um estudo de 2008 conduzido por Marcos Cintra, Ph.D. em Economia por Harvard, mostrou que o custo pecuniário de congestionamento na cidade de São Paulo foi de aproximadamente R$ 33,5 bilhões. Oitenta e cinco por cento do custo está associado com o tempo perdido no trânsito; 13% é devido ao combustível consumido e 2% é decorrente de aumento das emissões de poluentes.”
O custo do congestionamento pode ser reduzido com o uso de VANETs, pois podem fornecer informações atualizadas e dinâmicas sobre as condições de tráfego e reduzir o número de acidentes nas estradas, enquanto proporciona aos condutores e passageiros aplicações para a condução confortável, tais como serviços de localização, streaming de multimídia, notícias locais, informações turísticas e mensagens de alerta sobre a rodovia e ruas da cidade.
O pós-doutorando também afirma que “espera-se como resultado da pesquisa que as soluções de disseminação de dados em VANETs a serem concebidas superem as limitações das soluções atuais com a integração de diferentes tecnologias e o tratamento simultâneo de desafios, como congestionamento de transmissões, partição e fragmentação temporal de rede. Pretende-se também que essas soluções inovadoras possam ser aplicadas na indústria nacional.”
INCT-SEC
Atualmente, Villas é bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), sob supervisão do professor doutor Jó Ueyama, do ICMC e INCT-SEC.
O objetivo do INCT-SEC, sediado no ICMC, em São Carlos, é agregar habilidades, competências e infraestrutura necessárias para o desenvolvimento de sistemas embarcados críticos, com o intuito de capacitar a academia e a indústria brasileira no desenvolvimento científico-tecnológico de aplicações de relevância e de alto impacto econômico-social em áreas estratégicas do país, como agricultura, segurança e defesa nacional, aviação e meio ambiente.
Mais informações: email faiccleo@gmail.com, com o pesquisador Leandro Villas
Robôs são capazes de reproduzir gestos humanos
quarta-feira, outubro 10, 2012 | Author: Blog da redação

Davi Marques Pastrelo, da Assessoria de Comunicação do ICMC
No Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, pesquisa desenvolve novas funções para o robô humanoide Nao, usado em estudos de robótica. Com o trabalho do aluno de mestrado Fernando Zuher, orientado pela professora Roseli Aparecida Francelin Romero, do Departamento de Ciências da Computação do ICMC, o robô tem a capacidade de reconhecer e imitar movimentos de seres humanos.
Robô tem a capacidade de reconhecer e imitar movimentos de seres humanos
Roseli conta que o robô, pertencente ao Laboratório de Aprendizado de Robôs (LAR) do grupo de Computação Bioinspirada, veio com funções básicas, como andar e realizar movimentos do corpo, braços e pernas, além de reprodução de fala ativada por teclado. As novas funções permitem que Naotenha uma maior interação com as pessoas. “No momento, o robô caminha de seis maneiras diferentes, para frente e para trás, para os lados e girando o corpo. Ele imita os movimentos do corpo humano, por meio de flexões de pernas, joelhos, braços, cotovelos, tronco e pescoço”, afirma Zuher.
Outra função que o humanoide tem desempenhado é interpretar ordens por meio de comandos de gestos. “Agora o robô Nao segue ordens que podem ser dadas a partir de um gesto. Se apontarmos para o lado direito, ele irá nessa direção”, diz Roseli. A maior interação entre o robô e o ser humano está sendo desenvolvido por intermédio do uso do Kinect, um sensor de movimentos desenvolvido para o videogame Xbox 360, fabricado pela Microsoft. O Kinect criou uma nova tecnologia capaz de permitir aos jogadores interagir com os jogos eletrônicos sem a necessidade do uso de controles (joysticks), inovando o campo da jogabilidade.
Zuher esclarece que o Kinect calcula os movimentos e gera dados referentes à posição de cada membro do corpo em 3D através das junções, como cotovelos e joelhos. Cada junção é representada em 3D, nos eixos X, Y e Z. Como a matriz de rotação não era tão estável quando os testes foram feitos, ele teve de transformar os dados da matriz para Ângulos de Euler. “Por meio do aparelho, fizemos a transferência da matriz de rotação para o Ângulo de Euler. Através disso é feito um cálculo onde o robô rotaciona as juntas do corpo, como joelhos, braços, cotovelos e pescoço”, descreve  Zuher.
Movimentos
A professora Roseli ressalta que os movimentos do robô ainda são limitados, devido principalmente ao seu tamanho. “Ele tem cerca de 60 centímetros de altura, o que dificulta tarefas simples, como subir escadas”. No caso do movimento do pescoço, Zuher explica que o pescoço humano tem três diferentes movimentos, enquanto que o robô apenas dois, para os lados e para cima e para baixo.
Dentre os projetos futuros para o Nao, Roseli conta que pretende fazer com que ele passe a entender falas humanas, e que possa interpretá-las e respondê-las por meio de um banco de dados. “Isso tornará o robô ainda mais humano, o que fará com que ele possa interagir ainda mais com as pessoas, respondendo perguntas e formulando respostas”, disse Roseli. A pesquisadora esclareceu que também há planos para que o robô auxilie alunos do ensino fundamental no aprendizado de matemática.
Outro plano para o futuro é a criação de um time de futebol de robôs humanoides para participar da RoboCup, competição que reúne as melhores equipes do mundo e que será realizada no Brasil em julho 2014, em João Pessoa (Paraíba), em paralelo à Copa do Mundo de Futebol. O equipamento atual foi adquirido pelo ICMC junto à empresa francesa Aldebaran Robotics com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O Grupo de Computação Bioinspirada do ICMC já possui tradição em futebol de robôs. A equipe Warthog Robotics, uma parceria do ICMC com a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), já participou da Robocup em 2011 e já venceu torneios nacionais na categoria Very Small Size. Roseli explicou o grupo já realizou várias pesquisas com os robôs nessa categoria, como por exemplo, reconhecimento dos companheiros de equipe, cálculo da trajetória da dos robôs e movimento para domínio da bola. “Agora, o objetivo é melhorar os algoritmos de trajetória da bola e aplicar nos robôs Naos, e também adquirir novos robôs deste tipo”, conclui.
Foto: Davi Marques Pastrelo/ ICMC
Mais informações: site http://www.icmc.usp.br/~biocom/, no Grupo de Computação Bioinspirada
Cartão-postal do Rio de Janeiro ganha obra científica sobre aspectos geoambientais
quinta-feira, setembro 27, 2012 | Author: Blog da redação

Editora Interciência lança nova versão, em dois volumes, de livro sobre símbolo do Rio de Janeiro: a Baía de Guanabara.

Após 10 anos da publicação do livro original Baía de Guanabara e Ecossistemas periféricos - Homem e Natureza, está sendo lançada uma nova versão revisada, ampliada e atualizada em dois volumes. Na primeira obra da Editora Interciência, Bacia da Baía de Guanabara: Características Geoambientais, Formação e Ecossistemas, o autor Elmo da Silva Amador retrata os principais aspectos geográficos deste símbolo do Rio de Janeiro.
Memória viva de Elmo Amador, o livro é um grande legado deixado pelo ponto de vista geológico-ambiental sobre a sua grande paixão: a Baía de Guanabara. Retomando estudos pioneiros de Hartt (1870), Backheuser (1918), Ruellan (1944) e Lamego (1948), o autor construiu a obra baseada em pesquisas realizadas desde o final da década de 1960. Inicialmente, os trabalhos foram produzidos referentes aos depósitos continentais encontrados no fundo da bacia.
No início da década de 1970, as praias fósseis da Baía de Guanabara foram objetos de análise por Elmo Amador. No ano de 1975, o autor realizou estudos sobre os sedimentos no fundo da bacia, revelando uma relação nas taxas de assoreamentos com ações antrópicas. Devido a essa descoberta, tornou-se impossível entender o quadro ambiental sem uma pesquisa da ocupação histórica. Em 1997 o autor defendeu sua tese de doutorado sobre a Baía de Guanabara na Geografia da UFRJ.
O livro objetiva a integração, a sistematização, a atualização desses estudos que vêm sendo produzidos na Bacia contribuinte da baía de Guanabara. Visa retomar a visão holistica, em um esforço de horizontalização e uma tentativa de resgate da abordagem geográfica global. A Baía de Guanabara foi escolhida como objeto de estudos, por ser emblemática e uma genuína representante dos frágeis e produtivos ecossistemas costeiros tropicais que foram submetidos a uma rápida degradação ambiental e social.
O primeiro capítulo de Bacia da Baía de Guanabara dedica-se aos aspectos relacionados à geologia, geomorfologia, hidrografia, clima e outras características geoambientais do local. No segundo capítulo são reconstituídos os cenários paleogeográficos mais significativos do processo de evolução da baía. No terceiro, o autor conceitua, classifica e caracteriza ecologicamente todos os ecossistemas encontrados na região. Ao final do livro, Elmo Amador relata uma breve história da ocupação humana e analisa as ocupações pré históricas da Guanabara.
O autor:
Elmo da Silva Amador nasceu em 22/08/1943 em Itajaí-SC, e morou no Rio de Janeiro desde 1950. Geógrafo, Mestre e Doutor em Ciências pela UFRJ. Professor do IGEO - UFRJ, onde atuou na graduação e pós-graduação dos cursos de Geografia e Geologia. Ocupou diversos cargos públicos, entre os quais: Diretor do Instituto de Geociências da UFRJ; Diretor da FEEMA, Vice-Diretor da ADUFRJ; e Vice-Presidente da AGB-RJ. Também chefiou o Laboratório de Sedimentologia da Geologia UFRJ onde desenvolveu pesquisas desde 70, relacionadas à Geologia do Quaternário, Baía de Guanabara, ambientes costeiros e meio ambiente.
Como resultado de suas pesquisas e militância política-ambiental foram obtidas importantes vitórias para a Baía de Guanabara, entre as quais: a Criação da APA de Guapimirim; inclusão da Baía de Guanabara na Constituição Estadual como APP de Relevante Interesse Ecológico; declaração da Baía de Guanabara como Patrimônio da Humanidade na Rio-92; tombamento da orla de Botafogo e inclusão do assoreamento como problema ambiental da baía. Elmo Amador faleceu em 30 de junho de 2010 no Rio de Janeiro.

Ficha técnica
BACIA DA BAÍA DE GUANABARA - Características Geoambientais Formação e Ecossistemas
Autor: Elmo da Silva Amador
Editora: Interciência
Ano: 2012
Edição: 1ª
Número de páginas: 432
Formato: 18x25cm
ISBN: 9788571932609
Pesquisadores da USP participam de projeto que fará mapa do Universo com alta precisão
quarta-feira, setembro 19, 2012 | Author: Blog da redação

Por Júlio Bernardes / Agência USP de Notícias
Pesquisadores da USP participam do projeto internacional Javalambre Physics of the accelerating Universe Astrophysical Survey (J-PAS), que produzirá mapas tridimensionais indicando com alta precisão a localização de galáxias, quasares e outros objetos no Universo. Coordenado por instituições do Brasil e da Espanha, o projeto deve concluir em dois anos a instalação de um novo observatório astronômico situado na Espanha, e dotado de telescópio com câmera de altíssima resolução, que por 5 anos fará um mapamento do Cosmos. Os investimentos são de aproximadamente US$ 40 milhões. Os mapas serão usados no estudo da estrutura da energia escura e da matéria escura, e em questões ligadas à expansão acelerada do Universo.
“Um dos grandes problemas atuais da astrofísica e da cosmologia é que o Universo está se expandindo aceleradamente. Além disso, não sabemos do que é feita a maior fração da matéria e energia do Universo”, afirma o professor Raul Abramo, do Instituto de Física (IF) da USP, que integra o projeto. “Para que os nossos conhecimentos avancem, serão necessários grandes mapas tridimensionais do Universo, que só podem ser feitos detectando-se galáxias em um volume muito grande. Isso só é possível quando mapeamos vastas áreas do céu em telescópios dedicados como o do J-PAS.”
O objetivo principal do projeto é estudar a natureza da energia e da matéria escura. A energia escura é, acreditam os cientistas, a responsável pela expansão acelerada do Universo. “O telescópio vai observar dezenas de milhares de galáxias e determinar sua posição com alta precisão”, diz o professor. “O mesmo será feito com os quasares, considerados os objetos mais brilhantes do Universo, que são o resultado de discos de matéria girando em torno de buracos negros supermassivos em galáxias distantes. Também seremos capazes de detectar milhares de supernovas, que são explosões de estrelas cujo brilho pode ser maior do que o de uma galáxia inteira.”
Abramo aponta que as supernovas apontaram os primeiros indícios da expansão acelerada do Universo em 1998, descoberta que rendeu o Prêmio Nobel de Física de 2011 aos norte-americanos Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess. “No caso do J-PAS, o mapeamento servirá não apenas para estudar como se dá essa expansão, mas também para verificar se a força gravitacional de fato atua da maneira prevista pela Teoria da Relatividade Geral de Einstein”, observa.

Telescópio

O observatório será instalado na Espanha, na Serra de Javalambre, próxima à cidade de Teruel, localizada a 200 quilômetros ao leste da capital Madri. As instalações do J-PAS, incluindo o telescópio com espelho de 2,5 metros de diâmetro, devem estar em funcionamento até 2014, e o trabalho de mapeamento deve durar de 5 a 6 anos. O investimento total é de US$40 milhões. “Pretende-se mapear uma área de 8.000 graus quadrados [medida do ângulo de visão que pode ser observado do céu], equivalente a um quinto de todo o céu, que tem cerca de 41.000 graus quadrados”, diz Abramo.
Pesquisadores brasileiros cuidam do design e da construção da câmera panorâmica do telescópio, com campo de visão de 3 graus quadrados. “Será uma das maiores câmeras do mundo, tanto no tamanho físico quanto na quantidade de dados das imagens, que terão 1,2 gigapixels, o equivalente a 250 câmeras digitais comuns”, aponta o professor. A câmera é formada por uma matriz de 14 sensores do tipo Charge-Coupled Device (CCD), cada um com capacidade de 90 megapixels. “As observações ópticas se servirão de filtros estreitos para medir um espectro de baixa resolução de tudo o que for observado pelo telescópio, o que dará uma precisão muito grande na posição espacial das galáxias”. O investimento necessário para desenvolver o equipamento é de US$ 6 milhões, financiados por diversas agências de fomento e instituições brasileiras, entre elas o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estados de São Paulo (Fapesp) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
O projeto envolve aproxidamente 70 pesquisadores de todo o mundo. Espanhóis e brasileiros coordenam o projeto, que também conta com a participação de cientistas de outros países, como Estados Unidos, Itália e Inglaterra. No Brasil, além do IF e do Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, o projeto também envolve o Observatório Nacional (ON), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), entre outras.
Entre os dias 10 e 13 de setembro acontecerá um encontro da colaboração J-PAS no IAG, reunindo os pesquisadores envolvidos no projeto. No dia 12 de setembro está programado um workshop aberto para alunos de graduação, pós-graduação e o público em geral, em que será apresentado o J-PAS. O evento acontece a partir das 14 horas no auditório do IAG (Rua do Matão, 1.226, Cidade Universitária, São Paulo), com transmissão ao vivo pela internet na IPTV da USP.
Mais informações:  (11) 3091-6634; site www.j-pas.org/pt-br
País destaca ações de proteção ambiental, inclusão social e produção sustentável
segunda-feira, junho 11, 2012 | Author: Blog da redação
Comunicado oficial da União* traz visão otimista dos próximos passos do desenvolvimento sustentável brasileiro. "O fato de o Rio de Janeiro voltar a ser o palco do debate internacional sobre desenvolvimento sustentável é uma nova oportunidade para a busca do consenso em torno da união de três conceitos: proteção ambiental, crescimento econômico e inclusão social. Como anfitrião da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, o Brasil tem o papel de acolher a diversidade presente nas delegações dos países, mas também deve explorar tanto a sua capacidade de diálogo como seu protagonismo em ações sustentáveis para incluir o tema como prioridade global. A política brasileira tem sido guiada por esse fio condutor há vinte anos, desde a Rio-92. No Pavilhão Brasil, serão mostradas as políticas públicas nacionais que têm a preocupação com o desenvolvimento sustentável presente de forma transversal a todas elas. Dois aspectos fundamentais na atividade econômica, a produção de alimentos e de energia, contam com iniciativas gestadas sob a ótica do desenvolvimento sustentável. A matriz energética mais limpa e renovável do mundo está sendo mantida com investimentos em fontes de energia hídricas, eólicas e biomassa. Na produção de biocombustíveis, o pacto entre governo, trabalhadores e empresários na cadeia produtiva do etanol garante a manutenção de parâmetros sociais e ambientais. E o programa de biodiesel é uma das políticas de geração de renda para agricultores familiares, que amplia a segurança alimentar no campo. Há também a compra de produtos para a merenda escolar e para programas e entidades sociais, que passaram de 135,8 mil toneladas, em 2003, para 462,4 mil, em 2010. A estratégia de inclusão produtiva no campo, por meio do apoio às famílias agricultoras, tem sido uma ferramenta crucial no Plano Brasil Sem Miséria, que visa erradicar a pobreza extrema até 2014. Ao mesmo tempo a agricultura empresarial brasileira, produtora de commodities, também tem um compromisso de tornar a sua atividade um exemplo de economia de baixo carbono e de expansão da produtividade sem ampliar a área plantada e recuperando territórios degradados. A adesão à linha de crédito facilitada para tornar as plantações mais sustentáveis do ponto de vista ambiental soma R$ 5 bilhões em contratos firmados desde a safra de 2008/09 até a atual (2011/12). Inclusão social - Do ponto de vista brasileiro, o conceito de “economia verde inclusiva” levará a um ciclo sustentável de desenvolvimento, com a incorporação de bilhões de pessoas à economia. Além de estabelecer esse consenso, o desafio também implica o acesso dos países ao conhecimento, recursos financeiros e tecnológicos. A “economia verde inclusiva” já é o objetivo de políticas públicas de vários países, na forma de programas em áreas como transferência de renda, apoio à conservação e recuperação ambiental, fomento àqueles que vivem da reciclagem de resíduos sólidos e o uso de tecnologias com maior eficiência energética. Em muitos casos, especialmente na América Latina e África, o Brasil tem apoiado essas iniciativas com recursos e assistência técnica." (Informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República - acompanhe neste blog um panorama dos acontecimentos que precedem e durante a Rio+20, bem como seus desdobramentos,por meio do informações oficiais, relato de participantes do evento, blogueiros e entidades parceiras nesta cobertura.) * Resta à redação de GEO e ao leitor deste blog maiores indagações acerca dos detalhes dos repasses de verbas, disponibilidade técnica e de programas para que os objetivos desenhados sejam atendidos.
Jovens debateram sustentabilidade durante uma semana
segunda-feira, junho 11, 2012 | Author: Blog da redação
Direto da fonte*: "Antes que líderes de governo se encontrem no Rio de Janeiro para debater o futuro do planeta, mais de 300 jovens de 100 países se reuniram na cidade para planejar ações para o desenvolvimento sustentável das economias globais. Cinquenta delegados brasileiros estão participando do encontro que termina amanhã (12), cujo tema central é "Qual é o papel mais eficaz que a juventude pode desempenhar na sustentabilidade?". Os jovens participantes encerrarão o evento com uma marcha simbólica diante do Riocentro em 12 de junho. (...) Os participantes são líderes juvenis em seus países e têm até 30 anos. Acampados no Sítio das Pedras, na zona Oeste da cidade, os jovens contaram com infraestrutura montada por voluntários. Lá foram incentivados a definir novas Metas e um plano de ação da juventude. A 6ª edição do Congresso Mundial de Juventude, primeira na América Latina e no Brasil, começou no dia 5 em Vargem Pequena, no Rio de Janeiro. O encerramento, amanhã (12), inclui uma marcha para entregar a sugestões sobre a participação dos jovens na economia às autoridades que participam da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Rio+20). O evento é promovido e licenciado pela Peace Child International em cooperação com parceiros locais. No Brasil, os organizadores são o Instituto Peace Child, Universidade da Juventude e Instituto Raízes da Tradição. Pauta do encerramento do 6º Congresso Mundial da Juventude 16h Abertura da Ceremônia pelo Presidente da Peacechild International, David Woolcombe 16h05 Apresentação do filme dos principais momentos do 6º Congresso Mundial da Juventude 16h10 Apresentação das 20 Soluções Jovem pelos representantes de delegados do Congresso 16h20 Intervenção da Secretária Nacional da Juventude, Severine Macedo 16h25 Intervenção do representante do Ministério da Cultura, Márcia Rollemberg, Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural 16h30 Intervenção do Superintendente de Políticas de Juventude do Governo do Estado, Allan Borges 16h35 Apresentação do filme sobre a Serra da Misericórdia 16h40 Intervenção do Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes" (Informou a Universidade da Juventude - acompanhe neste blog um panorama dos acontecimentos que precedem e durante a Rio+20, bem como seus desdobramentos,por meio do relato de blogueiros e entidades parceiras nesta cobertura.)