Proposta de viagem sem volta à Marte ficará sem resposta
quinta-feira, novembro 25, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos) deixará sem resposta o artigo dos cientistas americanos Dirk Schulze-Makuch, da Universidade do Estado de Washington, e Paul Davies, da Universidade Atlântica da Flórida, que propõe uma missão tripulada ao planeta Marte sem previsão de que os astronautas possam voltar à Terra.
O texto, intitulado “To Boldly Go: A One-Way Human Mission to Mars” (“Para ir Audaciosamente: Uma Missão Humana sem Retorno a Marte”) – e encontrado na íntegra em http://journalofcosmology.com/Mars108.html -- foi publicado na edição de outubro-novembro da revista científica “Journal of Cosmology”.
Schulze-Makuch, um especialista em geologia, e Davies, que é físico, argumentam: embora tecnicamente factível, a missão tripulada de ida e volta a Marte é improvável num horizonte de tempo razoável, porque exigiria um custo altíssimo, difícil de ser equacionado não apenas do ponto de vista financeiro – também político.
Segundo eles, o vôo sem volta reduziria drasticamente o volume de recursos necessário ao projeto. Enão só isso: ele poderia também marcar o início da colonização humana de longo prazo no planeta.
Marte -- segundo planeta mais próximo da Terra depois de Vênus -- é o alvo mais promissor para a fixação de uma base tripulada, porque é um planeta que possui atmosfera, e outras similaridades importantes com a Terra: gravidade moderada, “água abundante”, dióxido de carbono e vários outros minerais essenciais.
Em condições climatológicas e tecnológicas ideais, uma viagem até a superfície marciana levaria apenas seis meses.
Schulze-Markuch e Davies sugerem o envio simultâneo de duas espaçonaves, cada uma com dois astronautas, além de módulo de pouso e suprimentos suficientes para estabelecer um único posto avançado em Marte.
Embora afirmem que seria essencial que os astronautas fossem voluntários, os articulistas garantem que não estão propondo que os viajantes sejam, simplesmente, abandonados à própria sorte – a proposta é de uma série contínua de missões, que fosse ampliando o número de humanos em Marte, para viabilizar a colonização de longo prazo.
Os cientistas afirmam que o primeiro passo para a missão sem volta seria a seleção de um local adequado para a base marciana – uma área dotada de alguma caverna ou outro relevo que sirva de abrigo, assim como recursos nas proximidades, como água, minerais e nutrientes para agricultura.
Marte não tem uma camada de ozônio e nem uma magnetosfera que proteja contra a ionização e os raios ultravioleta. Por isso, a caverna seria muito importante. As cavernas marcianas também poderiam guardar depósitos de gelo, embora a possibilidade de conservação da água congelada nessas cavidades ainda seja apenas uma ideia.
O artigo da “Journal of Cosmology” defende a tese de que a base marciana seria uma plataforma inigualável para pesquisas científicas. Os astrobiólogos acreditam que é grande a probabilidade de que Marte tenha – ou já tenha tido – vida microbiana, por exemplo. Em qualquer hipótese isso representaria a oportunidade imperdível de se estudar uma forma de vida alienígena, e – sobretudo -- um segundo registro evolucionário.
Schulze-Markuch e Davies garantem que vários de seus colegas cientistas se dispõem a fazer a viagem sem volta a Marte. Mas um porta-voz da NASA informou off the records a jornalistas: a prioridade que a agência americana confere à preservação da vida de seus astronautas não será, minimamente, alterada.
EUA dizem que Chávez prepara resistência na Venezuela
sexta-feira, novembro 05, 2010 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A Corporação Rand, entidade americana que assessora as Forças Armadas e a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, está desenvolvendo um estudo sobre o conjunto de medidas da Administração venezuelana destinadas, ao menos aparentemente, a preparar o país para repelir uma agressão.
Segundo dois jornais de Los Angeles e de Chicago, a investigação da Rand elenca alguns desses preparativos: (a) a divisão do território da Venezuela em pequenas regiões militares que ignoram a jurisdição e a autoridade dos estados federados; (b) a criação de um Registro Militar compulsório, destinado a manter atualizados os dados necessários a uma conscrição de emergência; (c) as intervenções “brancas” do Poder Público na direção de empresas privadas de transportes e produção de materiais considerados “estratégicos”; (d) a ampliação da capacidade governamental de se comunicar com a população, por diferentes condutos de mídia; e (e) a substituição de material de origem americana das Forças Armadas por outros itens, procedentes da China e das Repúblicas que integraram a extinta União Soviética.
Na segunda semana de outubro último, o Presidente Hugo Chávez desmentiu que houvesse em tudo isso alguma novidade. Ele diz que seu governo é vítima de rumores infundados, tendentes a disseminar o medo.
A imprensa americana garante que o processo de reaparelhamento dos militares venezuelanos é, necessariamente, lento. E dá como exemplo a operação pelos sul-americanos de seus novos caça-bombardeiros Sukhoi, fabricados na Rússia. Segundo essas fontes, mesmo decorridos dois anos desde que os venezuelanos começaram a voar nesses jatos, eles ainda são incapazes de mantê-los sem a assistência direta dos russos, que têm um grupo de pilotos e mecânicos permanentemente na Venezuela.