Eles só sabem que nada sabem
terça-feira, dezembro 22, 2009 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Na noite desta quinta-feira, antevéspera do Natal de 2009, o canal de TV a cabo Discovery Channel apresenta mais um de seus infindáveis especiais sobre a pesquisa histórica acerca da vida de Jesus Cristo.
O programa Who was Jesus? (“Quem foi Jesus?”) será levado ao ar às 21h, amparado nas especulações de pesquisadores e historiadores, e numa recriação artística do dia a dia na região da Galiléia, 2000 anos atrás. Nada muito diferente do especial sobre a infância de Jesus, que o mesmo Discovery tem apresentado nas últimas semanas.
Mas o que esses programas evidenciam é que a investigação sobre a infância e a adolescência do Cristo da Igreja Católica ainda reúne pouquíssima informação digna de crédito. E isso pelo simples motivo de que não há relatos de testemunhas dessas fases da vida de Jesus de Nazaré.
Sabemos que ele cresceu numa família modesta, e era filho de um judeu que não trabalhava com a agricultura; José era, possivelmente, um carpinteiro da Galiléia. Quase todas as informações disponíveis provêm dos evangelistas, que escreveram suas obras até a segunda metade do século 1 – mas nenhum deles chegou a conhecer Jesus pessoalmente.
Lucas e Mateus escreveram algumas passagens sobre os primeiros anos de vida do Cristo, mas os outros dois evangelistas, João e Marcos, só relataram episódios protagonizados por um Jesus adulto.
Ninguém sabe ao certo o dia e o ano exatos de seu nascimento, dados indispensáveis a qualquer biografia. A data de 25 de dezembro foi estabelecida de modo convencional por líderes cristãos no final do século III.
O que sim, os historiadores afirmam, é que Jesus não poderia exibir o tipo físico com que foi idealizado pela Igreja, de cabelos e olhos claros.
Um dos escassos registros da infância de Jesus é seu encontro com os sábios no Templo de Jerusalém, a quem surpreendeu com sua inteligência e a argúcia de suas perguntas acerca, possivelmente, dos ensinamentos da Torá – conjunto de livros que constitui a obra mais sagrada dos judeus.
A família de José havia ido a Jerusalém para as festas da Páscoa, o Pessach judeu. Eles estavam voltando a Nazaré quando perceberam que Jesus não acompanhava a caravana. José e Maria voltaram angustiados para procurá-lo, e o encontraram três dias depois no Templo.
“Por que me procurais? Não sabíeis que eu devia estar na casa de meu Pai?”, lhes perguntou serenamente o menino de 12 anos, segundo os relatos dos evangelistas.
Um documentário também exibido no Brasil, no início de 2009, pelo canal Discovery, noticiou a identificação de um túmulo onde teriam sido enterrados Jesus Cristo, seus pais, Maria e José, e Maria Madalena.
Intitulado The Lost Tomb of Jesus (“O Túmulo Perdido de Jesus”), o documentário foi produzido por James Cameron, director do filme Titanic, e pelo arqueólogo Simcha Jacobovici para o canal, após três anos de preparação. No entanto, a comunidade científica ironizou o seu conteúdo.
O suposto túmulo foi encontrado em 1980 no subúrbio de Talpiot, em Jerusalém. Na ocasião, os arqueólogos encontraram dez caixões (repositórios de ossos) e três crânios. Em alguns dos esquifes havia inscrições que foram traduzidas como “Jesus, filho de José”; “Judá, filho de Jesus”; “Mariamne”; “Maria”; “José” e “Mateus”.
Testes de DNA nos resíduos dos ossos verificaram que não havia parentesco entre os ossos de Jesus e de Mariamne. Com isso, Cameron concluiu que ambos só poderiam ocupar a mesma tumba se fossem casados. Além disso, passou a defender que Mariamne seria o nome verdadeiro de Maria Madalena. Em outras palavras, o documentário de Cameron e Jacobovici tenta relacionar os nomes encontrados aos da família da Jesus e argumenta que Jesus e Maria Madalena foram casados e tiveram um filho (Judá).
Em entrevista à agência de notícias France Press, Amos Kloner, o arqueólogo israelita que descobriu a tumba e a documentou como a sepultura de uma família judaica, foi, contudo, muito claro: “Insisto no fato de que é uma tumba comum no século 1 antes de Cristo”. Kloner garantiu que “os nomes eram uma coincidência e o filme [documentário] é uma bobagem”.
Eixo Afeganistão-Paquistão consumirá esforço adicional da Cruz Vermelha em 2010
terça-feira, dezembro 15, 2009 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

A imagem, não há como escapar, é a do saco sem fundo.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) vai gastar, ano que vem, um orçamento 7 % maior que o de 2009 em assistência médica, e praticamente tudo será absorvido pelas necessidades crescentes de assistência às populações do Afeganistão e do Paquistão – países convulsionados por diversos grupos guerrilheiros, entre os quais o talibã e a Al Qaeda.
Relatório divulgado no início do mês, em Genebra, apresenta como prioridades: (a) ampliar a capacidade dos hospitais de campanha no Paquistão; (b) melhorar o acesso dos necessitados ao atendimento primário (saúde básica) e aos primeiros socorros; (c) aumentar a ajuda aos centros ortopédicos (que acolhem mutilados por minas terrestres) em países como o Afeganistão; e (d) consolidar a prestação de serviços primários de saúde em favor de pessoas prisioneiras.
A Cruz Vermelha Internacional tem 12 mil funcionários que trabalham em 80 países. Do seu orçamento de 1,1 bilhão de francos suíços (cerca de 2 bilhões de reais) previsto para 2010, pelo menos 983 milhões de francos serão consumidos no atendimento de campo. O Afeganistão será, em princípio, a maior operação humanitária do CICV: 86 milhões de francos suíços --aumento de 18% comparado ao orçamento inicial de 2009 – que servirão ao trabalho de 1.500 médicos, enfermeiros e elementos dos serviços de apoio. O Iraque consumirá verba quase igual: 85 milhões de francos suíços; e o Sudão, 76 milhões de francos suíços.
Em 2008 a Cruz Vermelha atendeu cerca de 3,5 milhões de pessoas nos seus centros de saúde. Somente em 21 países foram realizadas mais de 108 mil cirurgias.
Uma análise da Diretoria de Operações da entidade mostrou dados alarmantes. Primeiro: na maior parte dos países em que o CICV opera, sua presença tem se revelado necessária há 20, 30 ou mesmo 40 anos – o que significa dizer que essas nações não tem conseguido resolver seus problemas de guerras e de insuficiência na prestação dos serviços básicos de saúde. Os cenários mais dramáticos, nesse caso, são os do Oriente Médio e da África.
Característica de várias situações de conflito é a combinação de um Estado frágil, com infraestrutura em colapso e conflitos internos, misturados a atores movidos por metas políticas e apoiados por grupos criminosos. A esse coquetel explosivo somam-se circunstâncias amplamente desfavoráveis, como degradação ambiental, seca, enchentes e pandemias. O resultado final: populações inteiras extremamente vulneráveis.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha está convencido de que o conflito no Afeganistão está se expandindo e se intensificando. A entidade opera no país há 30 anos, e nunca enfrentou tantos riscos como agora. As rotas de deslocamento das suas equipes são comunicadas de forma ampla às forças internacionais de segurança, ao Exército afegão e à guerrilha talibã, mas isso não tem resultado em maior segurança para as suas atividades.
Há, contudo, vitórias pontuais de importância indiscutível. Em 2007 a Cruz Vermelha conseguiu que equipes do Ministério da Saúde afegão e da Organização Mundial de Saúde fizessem uma campanha de vacinação contra a poliomielite no interior do país.
Expedição levará jovens da Bolívia à Guatemala
quarta-feira, novembro 25, 2009 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

Se você tem entre 18 e 23 anos e muita disposição para aventuras, ainda dá tempo de se inscrever para disputar uma vaga na expedição La Ruta Inka 2010, que levará 400 jovens da Bolívia à Guatemala.
A iniciativa é da entidade peruana Ruta Inka. A viagem terá início a 21 de junho, partindo de Tiahuanco, com direito às despedidas do carismático Presidente boliviano Evo Morales.
O percurso será feito por duas equipes, cada uma de 200 rapazes e moças. O primeiro grupo sairá de Tiahuanco, na Bolívia, com destino a Capurganá, no norte da Colômbia, perto da fronteira com o Panamá. A segunda equipe seguirá desse ponto até o Parque Nacional de Tikal, na Guatemala. A chegada está prevista para 30 de agosto.
No total, os 400 expedicionários terão percorrido santuários arqueológicos e reservas indígenas da Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador e Guatemala.
Para tentar uma vaga na viagem é preciso mandar uma monografia sobre temas ligados às culturas-pré-colombianas da América – como o uso ancestral das folhas de coca, de objetivos medicinais, ou o antigo Tahuantinsuyo (território de civilização inca).
As monografias podem ser encaminhadas até o próximo dia 30 de abril de 2010 a Ruben La Torre, presidente da Asociación Ruta Inka. Mais informações pelo site www.ruta-inka.com.pe.
Esta será a sétima edição da Ruta Inka, projeto cultural nascido em 2000, no marco do Decenio Internacional de los Pueblos Indígenas.
Estação Espacial: lugar para profissionais
quinta-feira, outubro 22, 2009 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

O programa espacial americano está praticamente fechado às cooperações internacionais de fins eminentemente políticos - como a que levou ao espaço, três anos e meio atrás, para um passeio de desconhecido proveito científico, o astronauta brasileiro Marcos Pontes.
O público se lembra bem: Pontes espremido a um canto da cápsula russa Soyuz TMA-8, sorridente, batendo com a mão direita enluvada na pequena bandeira brasileira que levava colada no ombro esquerdo, como se fosse um menino embriagado de felicidade por realizar seu sonho.
Brasília pagou cerca de 10 milhões de dólares à Agência Espacial Russa, para que o coronel Pontes vivesse os seus 15 segundos de glória – momentos que representaram também, claro, um (importante?) lance publicitário do governo federal.
Entre os 15 astronautas que trabalharão na Estação Espacial Internacional, ano que vem, apenas dois – um italiano e um japonês - não são americanos ou russos. E ambos são veteranos: no espaço e na idade.
Paolo Nespoli, o italiano, quando subir ao espaço, em novembro de 2010, estará prestes a completar o seu 54º aniversário. O japonês Soichi Noguchi terá, ao chegar à estação – dentro de cinco meses -, quase 45 anos de idade.
A dupla possui currículos invejáveis. Nespoli é um especialista na robótica dos laboratórios espaciais; a área de especialidade de Noguchi são os projetos aerodinâmicos.
Marcos Pontes foi declarado astronauta pela Nasa (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos) em 2000, mas desanimou logo em 2004, aos 41 anos, depois de ter sido preterido na escala de uma tripulação que seguiria para a Estação Internacional a bordo de uma nave Soyuz. O transporte russo só leva três tripulantes de cada vez, e isso alongara muito a lista dos candidatos ao vôo. A solução foi fazer o passeio espacial em uma outra missão do programa espacial russo, que nada tinha a ver com os afazeres da Estação Espacial.
Só como comparação: Paolo Nespoli aguardou por sete anos a sua vez de subir ao espaço em um vôo da Nasa; Noguchi esperou dez.
Peixes-robô vão para a água em quatro meses
quarta-feira, setembro 30, 2009 | Author: Blog da redação
Roberto Lopes

Cinco peixes-robôs em formato de carpa serão lançados ao mar em janeiro, perto do porto de Gijón, no norte da Espanha. A informação foi confirmada por um porta-voz da empresa de eletrônica BMT Group, responsável pela engenharia do modelo - que tem o apoio de uma equipe de pesquisadores marinhos da Universidade de Essex, na Inglaterra.
O engenho tem a missão de transmitir dados acerca dos índices de poluição em áreas costeiras. As informações serão coletadas por sensores químicos instalados nos robôs, e transmitidas para instalações de monitoramento - em terra e a bordo de navios – através de um sistema de rede do tipo Wi-Fi (sem fio).
A meta prioritária é detetar prejuízos ao ambiente marinho derivados de vazamentos em embarcações e oleodutos submarinos. Se esse primeiro teste for bem sucedido, os cientistas de Essex acreditam que os robôs venham a ser utilizados também para realizar investigações ambientais em rios e lagos.
Os robôs em formato de carpa custam cerca de 62 mil reais cada um (aproximadamente 20 mil libras), e medem 1,5 m de comprimento. Seu deslocamento, impulsionado por baterias elétricas, imita o movimento de peixes reais.
Os peixes-robôs da Essex são uma evolução sobre outros modelos desse gênero, que eram comandados por controle remoto.
Além disso, o design em forma de peixe parece conferir a esses robôs uma eficiência bem superior à dos conhecidos mini-submarinos – especialmente em termos de consumo de energia. Essa performance é indispensável para garantir que os sensores de deteção de poluentes possam navegar – e operar - por mais tempo.
Plantas que comem pequenos ratos podem ser úteis
quinta-feira, setembro 24, 2009 | Author: Blog da redação
Roberto Lopes

Botânicos e ambientalistas da Tailândia tentarão, a partir do ano que vem, transferir exemplares da planta carnívora Nepenthes attenboroughi, encontrada nas encostas do Monte Vitória – região central do país -, para regiões de cultivo de alimentos habitualmente atacadas por insetos.
O plano é testar se a espécie, fotografada e relatada por três pesquisadores europeus há cerca de dois anos, pode servir como predadora natural.
Batizada em homenagem ao veterano apresentador inglês de programas sobre o meio ambiente, David Attenborough, a Nepenthes attenboroughi tem a forma de um cone em cores vivas, e chega a medir 1,5 m de altura. Ela devora suas presas valendo-se de um sistema digestivo à base de ácidos, que destrói os corpos vivos engolidos.
Os primeiros relatos sobre essa planta foram feitos por dois missionários que, em 2000, tentaram escalar o Monte Vitória, e passaram 13 dias perdidos na região. Então, em 2007, dois britânicos e um alemão formaram uma expedição científica ao centro da Tailândia. A descoberta da grande planta aconteceu a cerca de 1,6 mil metros de altitude, entre pedregulhos.
“A espécie está entre as maiores plantas carnívoras conhecidas e produz armadilhas espetaculares, capazes de aprisionar não apenas insetos, mas também roedores do tamanho de ratos", afirmou o cientista Stewart McPherson, um dos integrantes da missão.
O feito foi divulgado na publicação especializada Botanical Journal of the Linnean Society. Os cientistas também catalogaram outras espécies até então desconhecidas, como cogumelos azuis e samambaias rosas.
Chegam as providências. Três anos após a tragédia...
segunda-feira, agosto 17, 2009 | Author: Blog da redação
Roberto Lopes

Exatos 35 meses depois de um Boeing da empresa aérea Gol ter colidido no ar com um jato particular Legacy, no norte de Mato Grosso – choque que derrubou o jato da Gol e matou 154 passageiros -, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) do Comando da Aeronáutica, em breve comunicado, anunciou, para o período de 2010 a 2016, a instalação no país de 61 novos radares de vigilância aérea.
Na época do acidente, um grupo de controladores de vôo da Força Aérea Brasileira denunciou a existência de uma “zona de sombra” – área não coberta por radares – no corredor aéreo entre Brasília e Manaus (AM), insinuando que isso teria contribuído para o fato de o monitoramento em terra não ter avisado os pilotos do Boeing sobre a presença do Legacy em rota de colisão. As mesmas denúncias apontaram o uso de radares antiquados e que forneciam informações imprecisas aos controladores. O Comando da Aeronáutica negou as duas informações.
A queda do Boeing da Gol, e o acidente com um Airbus da TAM ao pousar no Aeroporto Internacional de Congonhas (SP), nove meses depois, rebaixaram os níveis de confiança da comunidade aeronáutica internacional no tráfego aéreo brasileiro.
A notícia que o Decea divulgou na primeira semana deste mês não informa em que pontos do território nacional serão montados os novos radares, mas admite: sua aquisição acontece “em atendimento ao Conceito Operacional de Gerenciamento de Tráfego Aéreo, documento que traduz a Concepção Brasileira para a continuidade da implantação do Conceito Operacional ATM Global (Air Traffic Management) da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI)”.
Serão adquiridos 12 radares primários bidimensionais de longo alcance – para o monitoramento de rotas aéreas -, dois primários bidimensionais de curto alcance – para monitorar a aproximação de aeronaves em terminais aeroportuários -, 14 radares primários tridimensionais fixos; três radares secundários transportáveis e 30 radares secundários fixos.
Um ano atrás, auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) feita para avaliar a situação do tráfego aéreo no País constatou falhas graves e riscos no sistema de visualização do radar X-4000, utilizado pelo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo 4 (Cindacta 4), sediado na periferia da capital amazonense.
Segundo essa avaliação, as falhas podem comprometer a segurança de vôo no Amazonas e demais estados da Amazônia. De acordo com o relatório do TCU, foram constatados problemas de segurança, manutenção, funcionalidades, treinamento de usuários e plano de contingência para o X-4000, um software que integra o sistema do Decea.
Dentre as falhas encontradas no Cindacta 4, estão as variações indevidas de direção, altitude ou velocidade apresentadas pelo equipamento, o que, segundo o TCU, podem gerar comunicados de instruções incorretas por parte dos pilotos, o acionamento indevido de alarme anticolisão ou até mesmo situações de risco real para a operação, uma vez que as separações entre aeronaves serão providas com base em informações incorretas.
Outro problema, segundo o relatório, são as falhas na detecção de aeronaves em áreas com cobertura de radar, que impedem a prestação do serviço de vigilância na Amazônia. De acordo com os técnicos do TCU, se a aeronave não fizer contato com o órgão de controle, a situação se torna mais grave, pois não há como prover a separação das outras aeronaves com essa não detectada.
Apesar do Decea garantir que, acima dos 20.000 pés de altitude, a cobertura radar no Brasil é de 100%, o tribunal afirmou que evidenciou-se, que a cobertura radar abaixo dos 20.000 pés é deficiente em alguns pontos de movimento relevante, como nas regiões de Altamira (PA) e Parintins (369 quilômetros a leste de Manaus).
A rara boa notícia, onde ainda somos fracos
terça-feira, julho 28, 2009 | Author: Blog da redação
Roberto Lopes

O recebimento pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no último dia 21, da primeira câmera fotográfica fabricada no Brasil – nesse caso em São Carlos (SP) – apta a funcionar a bordo de satélites artificiais, é rara boa notícia num campo científico, o da pesquisa espacial, onde o Brasil tem andado de lado – quando não, para trás.
A MUX, uma câmera multiespectral de 20 metros de resolução no solo que produz imagens destinadas ao monitoramento ambiental e gerenciamento de recursos naturais, foi desenvolvida e produzida pela empresa Opto Eletrônica. O plano do Inpe é instalá-la nos satélites espaciais sino-brasileiros CBERS 3 e 4, que entrarão em órbita da Terra a partir de 2011.
O Inpe já prometia que a indústria nacional teria um modelo desses 20 anos atrás, quando se preparava para assinar um acordo com o governo de Saddam Hussein.
O plano, naquela época, consistia em vender ao Iraque um satélite de reconhecimento militar, e um de seus principais entusiastas era o engenheiro paulista Márcio Barbosa, então diretor-geral do Inpe – o mesmo que hoje luta para se eleger diretor-geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Mas o assunto vazou para a imprensa, os Estados Unidos reagiram negativamente e a idéia foi abandonada.
De lá para cá, os programas brasileiros de pesquisa espacial amargaram reveses marcantes.
O mais grave deles aconteceu em 2003, quando uma explosão acidental na plataforma de lançamentos da base maranhense de Alcântara, matou a nata dos projetistas brasileiros de foguetes.
Antes disso, porém, já havíamos protagonizado um vexame internacional.
Na virada da década de 1990 para os anos 2000, as autoridades de Brasília foram advertidas pela agência espacial americana de que a indústria nacional estava atrasada na entrega de alguns pequenos componentes (painéis externos e compartimentos de armazenamento) destinados à Estação Espacial Internacional (ISS). O Brasil fora o único país latino-americano convidado a participar desse projeto – e falhou. Os componentes nunca foram entregues.
Ainda hoje estamos incumbidos de algumas peças secundárias da ISS. A encomenda é uma espécie de prêmio de consolação, ou saída honrosa, para que a pesquisa espacial brasileira não contabilize apenas o fracasso.
A tarefa agora é produzir umas “placas adaptadoras”, chamadas de FSEs - Flight Support Equipments (equipamentos de suporte de vôo), cujo valor para o sucesso, ou não, das pesquisas de alto nível em curso na ISS é, diga-se, nenhum. Mas o Senai (isso mesmo, o velho Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial!) vai nos salvar.
A Agência Espacial Brasileira – que muitos nem sabem que existe – assinou um contrato com o Senai para a criação, o controle e a montagem dos protótipos das “placas adaptadoras”. De graça naturalmente – porque o dinheiro para a pesquisa espacial no Brasil anda, como sempre, curto.
Com os satélites do projeto CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite) – comandado pela Academia Chinesa de Tecnologia Espacial -, o Brasil monitora desmatamentos e a expansão urbana e da agropecuária, entre outras aplicações.
O CBERS é hoje um dos principais programas de sensoriamento remoto em todo o mundo, ao lado do norte-americano Landsat, do francês Spot e do indiano ResourceSat, e a qualificação do Brasil nessa área, apreciável. O segredo disso foi só um: trabalho sério. No caso, a união de esforços de um grupo de entidades oficiais e ministérios (militares e civis) que julgaram necessário desenvolver a sua capacidade de olhar para o território nacional a partir do espaço sideral.
A indústria de equipamentos espaciais, contudo, ainda se arrasta.
Perdida no meio de suas parceiras da Associação Brasileira das Indústrias Aeroespaciais (Embraer, Avibras e outras gigantes), que reúne os fabricantes de produtos aeronáuticos, de Defesa e espaciais, ela é uma espécie de prima pobre – que o governo trata sem prioridade ou prestígio.
Em 2005, ano em que o setor aeroespacial brasileiro obteve uma receita de US$ 4,3 bilhões, o segmento espacial contribuiu com apenas 0,24% desse faturamento. Ano passado o índice saltou para 0,57%, o que pode parecer um avanço apreciável, mas a verdade é que o resultado em números continuou modesto.
Em 2008 os equipamentos espaciais faturaram US$ 43 milhões de dólares, para uma receita geral do setor aeroespacial que bateu no patamar dos US$ 7,55 bilhões.
Titanossauro argentino é de tipo único
sexta-feira, julho 24, 2009 | Author: Blog da redação
Roberto Lopes

Menos de dois meses depois de ter anunciado a descoberta dos restos de um titanossauro (Titanosaurus indicus, do latim “lagarto titânico”) junto a um campo de petróleo da Província de Neuquén, oeste da Argentina, a equipe de paleontologistas e pesquisadores do Centro Paleontológico Lago Los Barreales e do Museo Paleontológico da cidade de Rincón de los Sauces anunciou que essa espécie de dinossauro herbívoro e quadrúpede tem características únicas.
Os titanossauros viveram no fim do período Cretáceo (último das eras geológicas passadas com predominância dos dinossauros), entre 83 e 65 milhões de anos atrás, na região do Oriente Próximo hoje dominada pelo território indiano. O titanossauro foi identificado, em fins do século 19, pelo geólogo e paleontólogo britânico Richard Lydekker, que trabalhava a serviço do Serviço Geológico da Índia.
Lydekker definiu o animal por padrões de comprimento - em torno de 15 metros -, altura – no patamar dos 5 metros – e peso - cerca de dez toneladas. Os restos identificados em fins de maio na área conhecida por El Trapial, perto da fronteira com o Chile, fazem supor um bicho de, pelo menos, 20 metros de comprimento, 60 vértebras, altura de sete metros e peso não inferior a dez toneladas. Ele teria vivido, contudo, há uns 90 milhões de anos.
Os dois fósseis de titanossauros achados antes pelos argentinos são menores do que o de El Trapial. Os titanossauros pertencem à família dos dinossauros que circularam entre a América do Sul e o oriente através da África, numa época em que esses continentes estavam fisicamente unidos.
Os pesquisadores já encontraram 23 das 60 vértebras desse titanossauro, e estimam que possam identificar entre 10% e 15% da ossada do animal. As peças foram levadas para o laboratório de Lago Los Barreales, mas depois de serem estudadas e classificadas serão preservadas no Museu de Rincón, abertas à visitação pública.
C&T estuda plano para depois que Lula sair
quinta-feira, julho 23, 2009 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

O Ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, apresentará, dentro de dez meses, uma nova versão do Plano de Ação de Ciência e Tecnologia e Inovação (PACTI), destinado ao período 2011-2014 – isto é, um planejamento para ser seguido mesmo depois do atual mandato do Presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Rezende fará essa proposta durante a IV Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, em maio de 2010, com o objetivo de consolidar as ações de C&T como políticas de Estado, em vez de políticas de governo.
A equipe de especialistas que estuda o plano já definiu dois de seus parâmetros básicos. O primeiro prevê a expansão e a institucionalização do sistema nacional de Ciência e Tecnologia (C&T), mediante o comprometimento de executivos estaduais, assembléias legislativas e universidades. Ele usa como exemplo a política de C&T do governo do Amazonas, considerada um teste positivo para o modelo de consolidação do sistema nacional que se deseja.
O segundo pilar da revisão do PACTI é a valorização das fundações estaduais de amparo à pesquisa – quase todas às voltas com um quadro crônico de falta de recursos. Exceção, nesse segmento, é a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) que, ano passado, recebeu R$ 1 bilhão do governador José Serra.
O Ministério da Ciência e Tecnologia calcula que as dificuldades das fundações poderiam ser amenizadas com uma iniciativa dos deputados estaduais, no sentido de aprovar legislação que favoreça financeiramente as entidades.
Na verdade, a escassez de recursos é tão grande que nem o próprio Ministério da Ciência e Tecnologia escapa aos cortes. A Pasta de Rezende perdeu R$ 1 bilhão do orçamento previsto para as suas atividades em 2009. O ministro acredita numa recomposição desse montante, através de emendas no Congresso para a liberação de verbas suplementares, mas admite que uma recuperação do valor total perdido é impossível.
O mundo dos orgânicos para pecuaristas
terça-feira, julho 21, 2009 | Author: Blog da redação
Por Roberto Lopes

O que a agricultura orgânica tem a ver com a criação de gado? Segundo experientes técnicos da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), tudo. Tanto é assim que a empresa reservou o terceiro módulo de seu “Curso Prático em Agricultura Orgânica”, no último fim de semana de agosto, ao tema “Pecuária e processamento”.
O módulo terá lugar na Fazenda Nata da Serra, situada no município paulista de Serra Negra, e apresentará noções de: conservação de pastagens; sistemas ecológicos de produção (ambiência); controle de ecto e endo parasitas; homeopatia animal; produção de leite; industrialização (laticínios); pastejo rotacionado; e arborização e consorciação.
O treinamento, com carga horária de 64 horas, estará a cargo de Artur Chinelato de Camargo, Marcelo Morandi e Mário Ramos, que contarão com o apoio do produtor Ricardo Schiavinato.
Ministrado desde junho, o curso da Embrapa – que se estenderá até o mês de setembro - objetiva capacitar os participantes ao desenvolvimento de atividades nas áreas de produção, comercialização e assistência técnica de produtos orgânicos.
As aulas são realizadas no período da manhã; as práticas ocorrem à tarde, conduzidas por produtor que tem a tarefa de demonstrar na prática os temas teóricos. À noite acontece uma apresentação de vídeos para discussões e trabalhos em grupo.
Mais informações no site www.embrapa.br.
Detex já monitora Amazônia
segunda-feira, julho 20, 2009 | Author: Blog da redação
Assessoria de Imprensa
da 61ª Reunião da SBPC

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começará a divulgar, ainda este ano, os dados do Detex (Detecção de Exploração Seletiva) – novo sistema de monitoramento por satélite que promete ser uma ferramenta valiosa para vigiar as áreas florestais concedidas para exploração seletiva de madeira. O Detex permitirá saber se, de fato, os madeireiros estão respeitando os planos de manejo aprovados pelo governo.
“O sistema está pronto e já temos resultados. Fizemos o mapeamento da extensão da floresta desmatada para o corte seletivo de madeira de 2007 a 2008. O objetivo, agora, é fazer o de 2009 e retroceder até 2000”, conta o pesquisador Dalton de Morisson Valeriano, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ele abordou o assunto em sua conferência durante a 61ª Reunião Anual da SBPC – evento que a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) promoveu de 12 a 17 de julho em Manaus (AM).
O Detex é o terceiro sistema utilizado pelo Inpe para monitorar o desflorestamento na Amazônia. Seu diferencial é a observação detalhada de extensões menores, o que possibilita fazer o acompanhamento das atividades das madeireiras no que se refere à exploração seletiva de madeira, na qual são cortadas apenas as árvores de valor comercial. “Em tese, o corte seletivo, inserido em um bom plano de manejo, possibilitaria recuperar a longo prazo a biomassa florestal na área explorada. Mas nem sempre isso vem ocorrendo”, diz.
De acordo com o pesquisador, se bem conduzido, um plano de manejo legal de madeira por corte seletivo de árvores possibilita que a área se recupere e possa ser novamente explorada após um ciclo de 25 a 30 anos. “Porém, o que está ocorrendo na Amazônia e em outras regiões do País é que, depois de serem exploradas pelos madeireiros, essas áreas de manejo são abandonadas, tornando-se suscetíveis a incêndios florestais”, diz ele, acrescentando que essa degradação é bem evidenciada pelas imagens produzidas pelos satélites.
Em terra de índio, quem tem luz e crédito é rei
quinta-feira, maio 14, 2009 | Author: Blog da redação
Por Michael Nuñez

Ao que me parece, os índios brasileiros ainda não se adaptaram bem às novas regras do mundo globalizado.

Em Miranda, a 194 quilômetros da capital Campo Grande (Mato Grosso do Sul), cerca de 1.700 índios guarani-terenas, da Aldeia Moreira, foram parar em um cadastro de inadimplentes do Serasa daquele estado. Motivo: não pagam suas respectivas contas de luz desde 2003.

A reportagem, que foi publicada em O Estado de São Paulo, revela que a dívida de cada índio com a Enersul, distribuidora de energia no Estado, chega a R$ 4 mil. Mas as más notícias não param por aí. Em razão do débito com a distribuidora, os mesmos também estão sem crédito no comércio da cidade.

Os índios alegam que têm direito à isenção no serviço de luz, segundo consta no relatório da Conferência Regional dos Povos Indígenas do Mato Grosso do Sul, promovida em 2005 pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

Por outro lado, a Enersul avisou que faz do caso um "tratamento isonômico, como determina a legislação". Ou seja, todos são iguais perante a lei.

Pois é. Pra quem já foi massacrado pelos colonizadores centenas de anos atrás; pra quem já foi expulso de suas respectivas casas e terras no mesmo período; e pra quem, hoje, tem que pedir “por favor” para continuar sobrevivendo neste País – ter o nome constando no Serasa e não ter crédito na praça até que é “café pequeno”.

Tomara que o ex-cacique da aldeia, Narciso Vieira, não necessite tirar o cocar e a lança do armário para brigar pelos seus direitos.

Faltar com o crédito, tudo bem. Agora, faltar com o respeito já é demais.

“Em terra de índio, quem tem luz e crédito é rei”. Ditado atualizado em maio de 2009.

Até a próxima!
A ordem dos tratores altera o meio ambiente
sexta-feira, abril 17, 2009 | Author: Blog da redação
Por Michael Nuñez

De fato, o desenvolvimento urbano continua fazendo vítimas, principalmente nas grandes cidades. No início do mês, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) multou a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) em R$ 282,5 mil. Motivo: recolher, sem autorização, animais da fauna silvestre durante as obras do Trecho Sul do Rodoanel. Segundo a matéria publicada no jornal "O Estado de S. Paulo", 105 animais que habitavam áreas da obra, em região de mata atlântica, morreram depois de passar pelo manejo de técnicos da empresa ligada ao governo estadual e responsável pelo empreendimento.

Em primeiro lugar, gostaria de falar sobre o trabalho realizado pelo Ibama, que, ao que me consta, é responsável por “cuidar” do meio ambiente não só em São Paulo, mas em todo o território nacional.

Não me resta dúvida que alguém tem que pagar a conta pelos danos causados à natureza. Mas algumas pulgas me vêm à orelha: será que o Ibama não sabia que a passagem do Rodoanel iria trazer algum tipo de prejuízo ao meio ambiente da região? Então, porque, em vez de multar, o órgão do governo não acompanhou o caminhar dos tratores desde o início das obras? Talvez assim conseguissem evitar o massacre de milhares de espécies ameaçadas de extinção, como: aves, animais silvestres, peixes, entre tantas outras.

Como a palavra “prevenir” jamais fez parte do vocabulário “ambiental” brasileiro, o melhor que o Ibama pode fazer é multar, já que emitir um simples boleto dá muito menos trabalho do que andar no meio do mato, acompanhando os “bandeirantes da era moderna” desbravando, ou seja, destruindo quilômetros e quilômetros de mata nativa.

Outro fato triste, para não dizer cômico, dessa história é o valor da multa aplicada. Mais pulgas: desde quando o Rodonel vem sendo construído? Será que morreram apenas 105 animais desde o início das obras?

Para quem não sabe, o novo sistema rodoviário paulista começou a ser construído em 1998. Até o momento, 92 km de pistas de concreto simplesmente “atropelaram” reservas florestais, mananciais, rios, lagos e outros tantos habitats naturais.

A última pulga: será que a multa de R$ 282.500,00 paga a conta com a mãe natureza?

Semana que vem tem mais!
Cadê a onça?
sexta-feira, abril 03, 2009 | Author: Blog da redação
Por Michael Nuñez

Uns mais outros menos. Todos estão correndo e vivendo em função do tal “dinheiro”. Seja para pagar uma simples conta de luz ou para comprar um luxuoso carro, todos precisam “dele”. Mas o que poucos se dão conta é que as “espécies” que correm soltas na Terra não representam fielmente a quantidade de dinheiro que os habitantes do nosso planeta têm guardado em suas respectivas contas correntes, poupanças, previdências privadas e os famosos papéis em Bolsa de Valores.

Se todas as pessoas do mundo forem ao banco no mesmo dia e tentarem retirar tudo o que têm, contando as moedas, não haverá ecossistema bancário que resista. A vaca vai pro brejo. Esse é um dos alertas que a matéria “Dinheiro, Potência Mundial” publicada na edição número 1 da Revista GEO, faz.

A busca pelo dinheiro ultrapassou todos os limites. Nos Estados Unidos, milionários investiram parte de sua fortuna em “pirâmides”. Resultado: ficaram com cara de “esfinge” depois que viram o resultado final da brincadeira. Aqui no Brasil, a fé se tornou o caminho mais fácil para enriquecer. Pessoas venderam seus bens, fundaram uma igreja e a transformaram num banco de Deus, onde os fiéis depositam seus dízimos com o afã de garantir uma boa aposentadoria espiritual. Aliás, em muitos casos, as casas Dele têm estoques de dinheiro maiores do que muitos bancos por aí. Porém, há de se ter o devido cuidado ao embarcar com uma mala recheada de dízimos com destino ao exterior, para não ver o sol do primeiro mundo nascer quadrado.

Segundo a mesma reportagem, as primeiras divisas surgiram há 2.500 anos. Na antiguidade, povos de todas as raças viveram muito bem sem essa “espécie”. Cabeças de gado, sementes de cacau e até mesmo escravos foram usados como moedas. Mas o bom disso tudo é que você podia ver o que estava trocando. Se trocasse um gado por um cavalo, você conseguia ao menos ver os dentes dele.

Muito diferente disso, hoje, o nosso salário vai direto para o banco. Você sabe que tem certa quantia para gastar, mas não sabe quantas “espécies” isso representa. Para comprar uma televisão, por exemplo, usa um pedaço de plástico chamado “cartão”. Vai ao supermercado, usa o cartão. Tudo se paga com o tal do cartão. Porém, quando termina o mês é que nos damos conta que a recompensa de nosso glorioso trabalho acaba sem que tenhamos visto pelo menos a cor de uma onça (nota de R$ 50,00).

Falando nisso, vou dar uma passadinha no banco pra pegar uma “oncinha” antes que ela entre em extinção.

Semana que vem tem mais!
A primeira expedição
quarta-feira, março 25, 2009 | Author: Blog da redação
Por Michael Nuñez

Ao ler a primeira parte da matéria “90 dias seguindo os passos de Darwin”, publicada na edição de estréia da Revista GEO, me peguei pensando: o que terão sentido os que foram contemplados com a primeira edição de “A evolução das espécies” de Darwin. Embora tenham cento e cinquenta anos de diferença, acredito que, tanto a “teoria de Darwin” como a GEO, nasceram com a mesma finalidade: apresentar estudos relacionados à evolução dos seres vivos e do meio ambiente.

No caso de Darwin, ele não apresentou apenas um estudo. Criou uma obra que há quase duas décadas fundamenta teses e teses sobre a evolução das espécies. Aliás, vale salientar que cientistas de todos os cantos do planeta vivem apresentando pesquisas que contrariam ou sugerem a atualização da obra, alegando que a mesma não pode ser considerada uma “bíblia pós-moderna da natureza”.

Não porei em discussão as “perfeições” ou imperfeições do documento. Aliás, por ética, minha profissão (jornalista) exige uma postura imparcial com relação a qualquer assunto. Por isso, proponho analisarmos o "valor" de sua obra.

Em minha opinião, Darwin conseguiu, por meio de “a evolução das espécies”, mostrar ao planeta que para ocupar um lugar de destaque na história da humanidade não basta apenas investir “rios” de dinheiro em pesquisa. É preciso ter conhecimento, criatividade, visão de futuro e, claro, um bocado de sorte. Afinal, embarcar numa viagem como ele embarcou e transformar um continente até então “esquecido” no maior laboratório a céu aberto da Terra não é pra qualquer um.

Nem o mais potente dos telescópios enxergaria o que ele enxergou naquele tempo. Darwin fez uso de nenhuma tecnologia para provar que todos os seres são passíveis de mudança. Analisou seres de uma mesma família, e concluiu que, pelo simples fato dos mesmos terem se separado e vivido em ambientes e situações diferentes, tornaram-se seres diferentes. Na verdade, continuam fazendo parte da mesma família, mas com características vivenciais diferentes.

Assim como Darwin fez de uma simples viagem um mundo de descobertas, convido você a participar de nossa expedição e vivenciar cada descoberta apresentada pela Revista GEO.

Até a próxima!
Olá
terça-feira, março 17, 2009 | Author: Blog da redação
Sejam bem-vindos!



















GEO