Cadê a onça?
sexta-feira, abril 03, 2009 | Author: Blog da redação
Por Michael Nuñez

Uns mais outros menos. Todos estão correndo e vivendo em função do tal “dinheiro”. Seja para pagar uma simples conta de luz ou para comprar um luxuoso carro, todos precisam “dele”. Mas o que poucos se dão conta é que as “espécies” que correm soltas na Terra não representam fielmente a quantidade de dinheiro que os habitantes do nosso planeta têm guardado em suas respectivas contas correntes, poupanças, previdências privadas e os famosos papéis em Bolsa de Valores.

Se todas as pessoas do mundo forem ao banco no mesmo dia e tentarem retirar tudo o que têm, contando as moedas, não haverá ecossistema bancário que resista. A vaca vai pro brejo. Esse é um dos alertas que a matéria “Dinheiro, Potência Mundial” publicada na edição número 1 da Revista GEO, faz.

A busca pelo dinheiro ultrapassou todos os limites. Nos Estados Unidos, milionários investiram parte de sua fortuna em “pirâmides”. Resultado: ficaram com cara de “esfinge” depois que viram o resultado final da brincadeira. Aqui no Brasil, a fé se tornou o caminho mais fácil para enriquecer. Pessoas venderam seus bens, fundaram uma igreja e a transformaram num banco de Deus, onde os fiéis depositam seus dízimos com o afã de garantir uma boa aposentadoria espiritual. Aliás, em muitos casos, as casas Dele têm estoques de dinheiro maiores do que muitos bancos por aí. Porém, há de se ter o devido cuidado ao embarcar com uma mala recheada de dízimos com destino ao exterior, para não ver o sol do primeiro mundo nascer quadrado.

Segundo a mesma reportagem, as primeiras divisas surgiram há 2.500 anos. Na antiguidade, povos de todas as raças viveram muito bem sem essa “espécie”. Cabeças de gado, sementes de cacau e até mesmo escravos foram usados como moedas. Mas o bom disso tudo é que você podia ver o que estava trocando. Se trocasse um gado por um cavalo, você conseguia ao menos ver os dentes dele.

Muito diferente disso, hoje, o nosso salário vai direto para o banco. Você sabe que tem certa quantia para gastar, mas não sabe quantas “espécies” isso representa. Para comprar uma televisão, por exemplo, usa um pedaço de plástico chamado “cartão”. Vai ao supermercado, usa o cartão. Tudo se paga com o tal do cartão. Porém, quando termina o mês é que nos damos conta que a recompensa de nosso glorioso trabalho acaba sem que tenhamos visto pelo menos a cor de uma onça (nota de R$ 50,00).

Falando nisso, vou dar uma passadinha no banco pra pegar uma “oncinha” antes que ela entre em extinção.

Semana que vem tem mais!
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2 comentários:

On 3 de abril de 2009 às 20:05 , Vicent Sobrinho disse...

É isso mesmo Michael... e o pior a onça de nossa nota de 50 - a Pintada...está sumindo, mais uma morreu na última semana,foi atropelada por uma VAN, dizem que por um funcionário do Parque de Foz do Iguaçu. Segundo os ecologistas existiam apenas dez soltas naquele Parque.... Por isso segundo Darwin as espécies deveriam evoluir.. mas não sumir... Como diz o ditado popular.. é ONÇA $$$ comendo Onça Pintada...

 
On 6 de abril de 2009 às 01:01 , Unknown disse...

Menos ameaçada que a onça, mas que é raro é ter ou ver o peixe "garoupa" (nota de R$ 100,00) na sua mão. Mesmo que queira ter uma dessas em seu poder, dificilmente irá acha-la em bancos e muito menos em caixas eletrônicos. Está mais fácil carregar o Mico Leão Dourado (nota de R$ 20,00) no bolso, do que ver o próprio bicho solto por aí. Um grande abraço e sucesso na nova empreitada. Marcelo Guerra - Ambientalista.